Um medicamento em última fase de testes clínicos contra o câncer mostrou-se eficaz no tratamento de sintomas causados pelo zika vírus. A droga, que por enquanto tem o nome de HP163, não só reverteu a microcefalia em filhotes de camundongos previamente infectados pelo patógeno, como também diminuiu a quantidade desses microrganismos presentes em órgãos importantes, como cérebro, olhos, baço e placenta. Os resultados foram publicados nesta segunda-feira (20) na revista científica Nature Neuroscience.
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A pesquisa, realizada em parceria com a USP, Universidade de Buenos Aires, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Escola de Medicina Monte Sinai, em Nova Iorque, além da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, partiu de uma hipótese que intriga cientistas desde que surgiram no Brasil as primeiras ocorrências de síndrome congênita do zika vírus, em 2014. Durante a epidemia, foram reportados casos de mulheres que, mesmo infectadas, geraram bebês sem microcefalia. “Isso indica que existe uma lacuna de resistência e suscetibilidade nessas mulheres, e o nosso ponto de partida foi tentar entender o que rege essa lacuna”, explica Jean Pierre Schatzmann Peron, coordenador do Laboratório de Interações Neuroimunes do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.
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