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Após Consulta Pública número 87, a Conitec anunciou a incorporação de dupilumabe para o  tratamento de pacientes a partir de 6 anos de idade com asma alérgica grave como resposta a uma necessidade não atendida

 

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC), anunciou nessa segunda-feira, 16, a incorporação da  terapia Dupixent® (dupilumabe), da farmacêutica Sanofi, para o tratamento da asma grave com fenótipo alérgico em pessoas a partir dos 6 anos de idade no SUS. Entre 2014 e 2021, houve um aumento de 14% na mortalidade por asma no Brasil, ou seja, aproximadamente 2 mil pessoas morrem por asma anualmente no país.

A asma grave é uma condição respiratória crônica caracterizada por crises frequentes e intensas, mesmo com o uso adequado e otimizado dos tratamentos inalatórios². Ao contrário da sua forma leve, em que os sintomas podem ser controlados com broncodilatadores e corticoides inalatórios, a asma grave exige acompanhamento médico constante e tratamentos mais complexos para controlar a inflamação das vias aéreas.

A asma alérgica grave pode comprometer significativamente a qualidade de vida do paciente, limitando atividades cotidianas e aumentando o risco de hospitalizações, sendo a 4° causa de internações no Sistema Único de Saúde.

A doença atinge aproximadamente 20 milhões de brasileiros incluindo crianças e adultos, de acordo com o Ministério da Saúde³. E, embora haja uma melhora na compreensão da sociedade sobre a asma e os desafios enfrentados pelos pacientes, uma parcela dessas pessoas não contam com uma opção de tratamento mais individualizado para seu perfil. Por isso, a inclusão de novas opções terapêuticas pode revolucionar o manejo da asma grave, proporcionando alternativas para casos que não respondem aos tratamentos convencionais.

Dra. Zuleid Mattar, Médica pediatra e diretora de políticas governamentais na Associação Brasileira de Asmáticos (ABRA), explica que “A ampliação da possibilidade de tratamento é crucial para que mais pessoas tenham uma chance real de viver sem crises e levar uma vida com mais qualidade, sem interrupções frequentes para tratamento emergencial e internações. E por isso, essa conquista é um marco importante para milhares de pacientes e suas famílias. Além de diminuir a sobrecarga do sistema público, possibilitando que esses recursos sejam alocados para ajudar outras condições.”

Apesar da incorporação ser uma vitória para os pacientes, a disponibilização ao medicamento não será imediata. A partir da publicação da aprovação no Diário Oficial da União, o SUS terá um tempo para disponibilizar o tratamento à população. Segundo a Dra. Zuleid Mattar a expectativa é grande “A atualização do PCDT de Asma, embora atrasada, é crucial para garantir avanços no tratamento dos pacientes que dependem do SUS. Com a aprovação de novos tratamentos ou a ampliação do portfólio disponível, será possível oferecer mais opções e melhorar significativamente a qualidade de vida de quem convive com a asma. A saúde é um bem inestimável e é nosso dever protegê-la usando todos os recursos disponíveis”.

 

Fonte: PFARMA

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