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Médico neurologista explica as principais dúvidas sobre o Acidente Vascular Cerebral (AVC), que figura como a segunda causa de morte mais comum no mundo1-2.

São Paulo, 07 de fevereiro de 2018 – Atingindo a marca de 400 mil casos todos os anos no Brasil3, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) está na lista das principais causas de morte no país4-5, tendo feito, apenas em 2015, cerca de 100 mil vítimas6. Mesmo com números tão alarmantes, muitos mitos cercam a doença: é possível preveni-la? Há tratamento? Todo paciente sofrerá com sequelas? O Dr. João José Carvalho, neurologista e diretor do Programa de AVC do Hospital Geral de Fortaleza, uma referência nacional no atendimento ao AVC, explica as principais dúvidas quanto à doença.

• Existe mais de um tipo de AVC. VERDADE.

O AVC pode acontecer de duas formas: isquêmica e hemorrágica. Responsável por cerca de 80% dos casos, a isquêmica se caracteriza pela obstrução de um vaso sanguíneo no cérebro, bloqueando a passagem de sangue para os neurônios, como são chamadas as células locais7. Nesse tipo de AVC, estima-se que um paciente não tratado perde, aproximadamente, 1.9 milhão de neurônios a cada minuto8.

Já os outros 20% são referentes à forma hemorrágica, em que um vaso sanguíneo se rompe no cérebro, ocasionando sangramento e aumento da pressão dentro do crânio7.

• O AVC acomete apenas pessoas idosas. MITO.

Apesar de o envelhecimento figurar como fator de risco não-modificável para o AVC, sendo que após os 50 anos o percentual de casos dobra a cada década de vida, o AVC pode acontecer em qualquer pessoa e em qualquer idade9. Segundo informações do Ministério da Saúde, por exemplo, foram registradas cerca de 27 mil internações no SUS pela doença na faixa etária de 15 a 39 anos, entre 2014 e abril de 201710.

"Estima-se que 90% dos casos de AVC possam ser evitados. Por isso, é importante prestar atenção aos outros fatores de risco, como hipertensão arterial, colesterol elevado, uso abusivo de bebidas alcoólicas, diabetes, estresse crônico e arritmias cardíacas – tal como a fibrilação atrial", afirma o Dr. João José Carvalho.

• Na maioria dos casos, os sintomas do AVC são típicos, facilitando a identificação da doença. VERDADE.

O AVC se manifesta por um ou mais dos seguintes sintomas: perda de força ou sensibilidade de um dos lados do corpo, dificuldade para compreender o que se fala ou falar, perda visual súbita (sobretudo de um dos olhos), tontura ou vertigem súbitas ou uma dor de cabeça súbita, intensa e sem causa conhecida, segundo o especialista. "Diante de alguém que apresenta um ou mais desses sintomas, é fundamental agir rápido, ligar para o SAMU (192), que irá encaminhar o paciente para o hospital capacitado para o tratamento de AVC mais próximo", orienta o médico.

A fim de conscientizar a população sobre essa ideia, foi desenvolvida pela Rede Brasil AVC e pela Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, com o apoio da Boehringer Ingelheim, a campanha "A Vida Conta – Cada minuto faz diferença". A iniciativa está acontecendo na fanpage da Rede Brasil AVC no Facebook, com materiais educativos sobre a doença.

• Todo AVC deixará sequelas no paciente. MITO.

O Acidente Vascular Cerebral figura como a principal causa de incapacidade global11, entretanto, nem todos os casos deixam sequelas no paciente. "O AVC é uma doença tempo-dependente, por isso, o atendimento rápido ao paciente é fundamental para evitar danos permanentes ao tecido cerebral e, consequentemente, as sequelas", salienta o Dr. Carvalho.

Isso porque há tratamento para o AVC. De acordo com o especialista, para o tipo isquêmico, o mais comum, existe a medicação trombolítica, que atua desobstruindo o vaso sanguíneo entupido e restaurando o fluxo de sangue com oxigênio e nutrientes para os neurônios, podendo ser aplicada em ambiente hospitalar por equipe multidisciplinar treinada em até 4h30 após o início dos sintomas. Já para o AVC hemorrágico, o tratamento inclui medicamentos e até procedimentos cirúrgicos, a depender do tamanho e localização da lesão.

• Nem todo hospital está capacitado para tratar pacientes que sofreram um AVC. VERDADE.

"Infelizmente, nem todos os hospitais estão preparados para receber e tratar pacientes com a doença. A falta de equipe multidisciplinar treinada - composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, etc -, de exames de imagem - como a tomografia computadorizada -, além da falta de medicação trombolítica, são obstáculos para o tratamento apropriado dos casos isquêmicos", esclarece o Dr. Carvalho.

Mas o cenário está mudando: desde 2015 existe a iniciativa Angels, idealizada pela Boehringer Ingelheim, cujo objetivo é aumentar o número de centros capacitados para o atendimento do AVC, além de otimizar a qualidade de atendimento das unidades já existentes, por meio de treinamentos especializados. A expectativa é fazer com que os esses pacientes recebam, em qualquer parte do país, o mesmo nível de tratamento. No Brasil, em 2017, cerca de 80 hospitais participaram do projeto.

"Por isso, o ideal é identificar rapidamente o AVC e ligar para o SAMU (192), que irá encaminhar o paciente para o hospital preparado o mais rápido possível", finaliza o médico.

Sobre a Boehringer Ingelheim

Medicamentos inovadores para pessoas e animais têm sido, há mais de 130 anos, o foco da empresa farmacêutica Boehringer Ingelheim. A Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais farmacêuticas do mundo e até hoje permanece como uma empresa familiar. Dia a dia, cerca de 50.000 funcionários criam valor pela inovação para as três áreas de negócios: saúde humana, saúde animal e fabricação de biofármacos. Em 2016, a Boehringer Ingelheim obteve vendas líquidas de cerca de 15.9 bilhões euros. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento correspondem a 19,6% do faturamento líquido (mais de € 3 bilhões).

A responsabilidade social é um elemento importante da cultura empresarial da Boehringer Ingelheim, o que inclui o envolvimento global em projetos sociais como o "Mais Saúde" e a preocupação com seus colaboradores em todo o mundo. Respeito, oportunidades iguais e o equilíbrio entre carreira e vida familiar formam a base da gestão da empresa, que busca a proteção e a sustentabilidade ambiental em tudo o que faz.

No Brasil, a Boehringer Ingelheim possui um escritório em São Paulo e Campinas, e fábrica em Itapecerica da Serra e Paulínia. Há mais de 60 anos no país, a companhia estabelece parcerias com instituições locais e internacionais que promovem o desenvolvimento educacional, social e profissional da população. A empresa recebeu, em 2017, a certificação Top Employers, que a elege como uma das melhores empregadoras do país por seu diferencial nas iniciativas de recursos humanos. Para mais informações, visite www.boehringer-ingelheim.com.br ou nosso relatório anual: http://annualreport.boehringer-ingelheim.com.

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