E se os vírus substituírem os antibióticos?

ng6293274.jpg?width=590Vítor Rios/Global Imagens

Investigadores em todo o mundo tentam encontrar caminhos para resolver a resistência de muitas pessoas aos antibióticos. Universidade de Aveiro conseguiu travar infeções urinárias através de vírus.

Um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro conseguiu eliminar a bactéria enterobacter cloacae, causadora de infeções urinárias, usando vírus em vez de antibióticos.

O novo método foi publicado no último número da revista Virus Research e utiliza a ação de vírus específicos (conhecidos como fagos) que destroem apenas bactérias e são "inócuos para os seres humanos e muito mais baratos de aplicar do que os antibacterianos".

Adelaide Almeida explica que "o trabalho abre as portas a um futuro onde as bactérias nefastas para a saúde humana, muitas das quais resistentes a antibióticos, possam ser eliminadas de forma rápida, eficaz e sem efeitos secundários".

A técnica agora publicada pode ajudar a eliminar bactérias similares, resistentes ou não a antibióticos, causadoras de infeções urinárias ou de outro tipo.

Adelaide Almeida explica, contudo, que a equipa de Aveiro que coordena não é a única no mundo a tentar perceber o papel que os vírus podem ter na substituição dos antibióticos. De uma forma genérica, o método é aliás antigo mas nunca foi bem testado pela comunidade cientifica da Europa Ocidental e com os antibióticos caiu em desuso.

As crescentes resistências aos antibióticos obrigam, contudo, a estudar novos caminhos.

Apesar dos vários estudos com resultados positivos, ainda é cedo para dizer quando é que os doentes podem ser tratado com vírus. Primeiro é preciso avançar com ensaios clínicos que são caros e que precisam de investimento da indústria farmacêutica.

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