O Einstein desenvolveu em conjunto com a Philips um sistema para automatizar o laudo de escanometria em pacientes adultos, um exame de raio-X em que se faz mensurações nos ossos para identificar, por exemplo, diferenças de tamanho entre as pernas ou desvios articulares. Denominado Escano, utiliza seis modelos de Inteligência Artificial (IA) para medir os ossos e angulações de membros inferiores em segundos, sem perder a precisão, com uma interface de usuário interativa projetada exclusivamente para otimizar o processo de laudo.
Segundo Conrado Foelker, médico especialista em Radiologia Musculoesquelética do Einstein, a medida de comprimento dos membros inferiores é essencial na avaliação de algumas patologias posturais, de marcha, e no pré-operatório de próteses. “O exame era realizado por radiografia e as medições podem ser demoradas, além de eventualmente apresentarem pequenas variações dependendo de quem realizou a medida”, afirma.
Essa percepção dos especialistas aliada às possibilidades de inovação e melhorias de processos trazidas pela transformação digital e a IA foi o que motivou este projeto entre a Inovação Einstein e a Philips, que vem para extrair o potencial da tecnologia em favor da equipe clínica, da organização e do paciente, principalmente em relação à economia de tempo. A implantação do Escano na rotina clínica poderá trazer um ganho de tempo no laudo, uma maior consistência nas medidas, além de possibilitar que mesmo medidas adicionais que não são realizadas de rotina (como os eixos mecânico e anatômico) sejam realizadas em todos os exames.
“A saúde requer uma abordagem colaborativa e centrada nas pessoas. Para a Philips, é muito importante esse trabalho em conjunto com o Einstein, uma vez que, ao acelerar e oferecer um diagnóstico assertivo, vamos melhorar a eficiência operacional para que os profissionais de saúde se concentrem no atendimento ao paciente”, pontua Patricia Frossard, country manager da Philips Brasil.
De acordo com o diretor executivo de Inovação do Einstein, Rodrigo Demarch, “o resultado deste trabalho é um exemplo de como o processo de inovação aberta contribui para o desenvolvimento de soluções em saúde capazes de impactar, positivamente, a vida dos pacientes e profissionais do setor. Essa atuação colaborativa é a base de todo o processo de inovação que desenvolvemos no Einstein, na busca constante de melhorar a experiência do cuidado, reduzir custos e desperdícios, ampliar o alcance das ações para a população e levar mais equidade em saúde”.
Patricia, da Philips, complementa: “Ao desenvolvermos soluções baseadas em IA, é imprescindível apoiar os radiologistas com dados conectados e integrados, que ofereçam informações precisas para o melhor atendimento em toda a jornada de cuidado. Simplificar os fluxos de trabalho por meio do uso da tecnologia se faz necessário e resulta em mais eficiência e tempo para o profissional de saúde”.
Os avanços no uso de IA na área de saúde têm colaborado para oferecer diagnósticos mais precisos, prevenir doenças e otimizar recursos, além de proporcionar mais acesso à saúde. Em casos mais complexos, essa tecnologia permite ainda que os profissionais tenham mais tempo para se dedicar aos pacientes, contribuindo para um atendimento mais humanizado.
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