Einstein se prepara para nova onda, até de casos represados

O Estado de S.Paulo 
Jornalista: Indefinido


13/07/20 - O Hospital Albert Einstein registra atualmente menos pacientes internados do que nas últimas semanas. Hoje, são 39 pessoas internadas na unidade de terapia intensiva (UTI) covid.

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A média girou em torno de 60 entre maio e início de junho e já foi de 110 em abril. Os números estão baixando. O tempo de internação também diminuiu de sete para quatro dias.


A redução se verifica na unidade do Morumbi, localizada na zona sul, mas a tendência também se observa nos hospitais públicos administrados pelo Einstein, como os municipais Doutor Gilson de Cássia Marques de Carvalho (na Vila Santa Catarina) e Doutor Moyses Deutsch (M’Boi Mirim, também na zona sul).

Para Claudia Regina Laselva, diretora de Operações, Enfermagem e Experiência do centro médico, a equipe acumula lições importantes no trato da doença. “Do ponto de vista epidemiológico, temos um aprendizado que contribui na redução do tempo médio de internação, por exemplo.” Outro fator que influencia na redução de casos é a interiorização da doença. Mas a redução atual da pressão nos leitos hospitalares não modifica a estratégia do hospital. Há expectativa de aumento do número de casos nas próximas semanas.


Com ocupação geral em torno de 80%, o hospital, referência no tratamento do coronavírus entre os hospitais privados continua mobilizado.

O centro ainda espera uma espécie de “retomada” mais intensa do tratamento de outras doenças crônicas, pois vários pacientes evitaram os hospitais por causa do medo de se contaminar. A procura de oncologistas, por exemplo, caiu 70%. Para atender pacientes covid-19 e não covid19, o Einstein praticamente criou dois hospitais.

No Morumbi, uma das torres foi destinada somente para doentes do novo coronavírus, com elevadores, corredores, pronto-socorro e unidades de internação específicas.
“O momento atual ganhou amplitude.

Além da covid, estamos tratando mais casos de doenças crônicas e problemas derivados da covid, como a reabilitação, depressão e ansiedade”, diz a especialista.

Segurança

Após praticamente quatro meses de dedicação intensa, os profissionais da linha de frente se sentem mais seguros. Nenhum profissional de saúde do hospital morreu, e a taxa de afastamento por covid-19 é de 10% a 12%, inferior aos 15% observados em outros hospitais.

Por outro lado, há desgaste emocional. A perda de um paciente, a ausência dos acompanhantes e o medo de levar a doença para casa trazem um pesar maior a longo prazo, na opinião de Claudia Laselva.

Nesse contexto, as histórias de superação, dos colegas e dos pacientes, garantem a energia desses profissionais para seguir em frente no combate à covid. No final do mês passado, um enfermeiro retornou ao trabalho depois de 45 dias de internação, em que chegou a ficar em estado gravíssimo, mais 15 dias de afastamento das funções.

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