Eli Lilly deve lançar droga contra o Alzheimer

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A busca por um tratamento eficaz para o Alzheimer, uma das doenças mais devastadoras e enigmáticas do século, pode estar prestes a alcançar um novo marco. A Eli Lilly, uma gigante farmacêutica dos Estados Unidos, está na vanguarda dessa corrida científica com o donanemab, um medicamento experimental que promete desacelerar o declínio cognitivo associado à doença.

Recentemente, um comitê de conselheiros independentes da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA recomendou a aprovação do donanemab, após constatar que os benefícios do medicamento superam os riscos potenciais. Essa recomendação é um passo significativo, pois a FDA geralmente segue as orientações de seus comitês consultivos. Informou o Brazil Journal.

O donanemab atua direcionando-se às placas de beta-amiloide no cérebro, que são consideradas uma das causas do Alzheimer. Essas placas tóxicas acumulam-se e levam à morte de neurônios, resultando em perda de memória e outras funções cognitivas. O princípio de ação do donanemab é semelhante ao do Leqembi, outro medicamento aprovado pela FDA no ano anterior, desenvolvido pela Eisai e pela Biogen.

Os resultados dos testes clínicos são promissores. No estudo submetido pela Eli Lilly, que envolveu 1.736 pacientes com sintomas iniciais de Alzheimer, metade dos que receberam o donanemab manteve suas condições cognitivas estáveis após um ano. Em contraste, mais de 70% dos pacientes no grupo placebo experimentaram um declínio.

Apesar dos benefícios, os efeitos colaterais, como inchaços e sangramentos no cérebro, foram observados em até 30% dos participantes dos testes clínicos. Esses efeitos são preocupantes, mas a FDA e os especialistas parecem confiantes de que o monitoramento adequado pode mitigar esses riscos.

A notícia da recomendação do comitê também teve um impacto positivo no mercado financeiro, com as ações da Eli Lilly atingindo altas históricas e o valor de mercado da empresa ultrapassando a marca de 800 bilhões de dólares. O Bank of America expressou confiança no potencial de crescimento da Lilly, mantendo um preço-alvo ambicioso para as ações da empresa.

Agora, a palavra final cabe à FDA, que decidirá sobre a aprovação do donanemab. Se aprovado, o medicamento não apenas representará um avanço no tratamento do Alzheimer, mas também reforçará o papel da Eli Lilly como líder em inovação farmacêutica.

A esperança é que o donanemab possa oferecer uma nova opção para pacientes e famílias afetadas pelo Alzheimer, proporcionando mais momentos de clareza e memórias preservadas. Enquanto aguardamos a decisão da FDA, a comunidade científica e o público em geral observam atentamente, esperançosos de que este novo medicamento possa ser um passo em direção a um futuro sem Alzheimer.

O ganho isolado do uso da droga, contudo, não é muito significativo. Em média, quem recebe o medicamento posterga os sinais de demência e perdas de funções cerebrais em seis meses.  

Os novos medicamentos, portanto, são vistos como avanços no tratamento, mas não a cura definitiva.  

O donanemab é aplicado com infusões feitas uma vez ao mês. 

O Leqembi vem sendo usado de maneira similar, com com infusões quinzenais – ao custo de US$ 26.500 ano nos EUA. Uma versão injetável deve chegar ao mercado no ano que vem. 

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