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A Eli Lilly já garantiu vários negócios de bilhões de dólares em 2025. Crédito: JHVEPhoto via Shutterstock.

 

A compra do desenvolvedor de medicamentos genéticos pela Eli Lilly aumenta os altos gastos com grandes empresas farmacêuticas em 2025

 

A Eli Lilly concordou em adquirir a especialista em tratamento de doenças cardiovasculares Verve Therapeutics em um acordo que pode aumentar para US$ 1,3 bilhão, com uma análise de mercado descr

evendo o negócio como uma "pechincha".

De acordo com a transação, a Eli Lilly comprará todas as ações da Verve por US$ 10,50 cada, com a farmacêutica desembolsando US$ 3 adicionais em direito de valor contingente (CVR) por ação.

O pipeline da Verve inclui medicamentos de edição de genes que são "projetados para abordar os fatores de doença cardiovascular aterosclerótica". Semelhante a outras terapias avançadas no mercado para certas doenças, a biotecnologia tem como alvo a administração única.

O valor potencial total do negócio da Eli Lilly representa um prêmio de 115% sobre o preço das ações da Verve no fechamento do mercado ontem (16 de junho). As ações da Verve, listada na Nasdaq, subiram para US$ 11,03 na abertura do mercado em 17 de junho após o anúncio, um aumento de 43% em relação ao fechamento anterior do mercado.

O analista da William Blair, Myles Minter, disse em uma nota de pesquisa: "Em última análise, acreditamos que o acordo faz sentido para os acionistas da Verve e faz sentido, dada a exposição que a Lilly tem a todo o pipeline divulgado da Verve. Embora acreditemos que a Eli Lilly está fazendo uma pechincha aqui (nosso valor justo era de US$ 30,86 por ação antes), o prêmio de 115% (assumindo o pagamento total do CVR) ainda é uma vitória para os acionistas da Verve e para o espaço de edição de genes de forma mais ampla, que está sob pressão macro significativa em um ambiente de financiamento difícil.

Já em parceria com a Eli Lilly, a Verve relatou recentemente dados positivos da Fase Ib para seu programa principal VERVE-102, uma terapia direcionada ao PCSK9, um gene ligado aos níveis de colesterol e à saúde cardiovascular.

O estudo Heart-2 demonstrou que o VERVE-102 excedeu a redução de colesterol alcançada pelo Leqvio (inclisiran) da Novartis, um medicamento injetável que domina o mercado. Além da segunda dose, que tem três meses de intervalo, o Leqvio é administrado a cada seis meses.

Em sua análise, Minter acrescentou: "Continuamos impressionados com o conjunto de dados Heart-2 para VERVE-102 e acreditamos que a Lilly provavelmente queria maior controle sobre o desenvolvimento clínico em estágio posterior".

A Eli Lilly já gastou muito em 2025. A farmacêutica comprou um ativo contra o câncer da biotecnologia Scorpion Therapeutics por até US$ 2,5 bilhões e concordou em adquirir a especialista em tratamento da dor SiteOne Therapeutics por até US$ 1 bilhão.

Gastos em junho aumentam para a grande indústria farmacêutica
Apesar de um cenário econômico incerto nos EUA, cortesia do presidente Donald Trump, a atividade de fusões e aquisições (M&A) aumentou em 2025.

O valor total do negócio no 1º trimestre aumentou 101% em comparação com o 4º trimestre de 2024, conforme análise da GlobalData. As empresas farmacêuticas se reuniram para gastar um total de US$ 37,7 bilhões. Só nesta semana, os negócios já ultrapassaram a marca de um bilhão de dólares. A BioNTech, por exemplo, concordou em adquirir a especialista em mRNA CureVac por US$ 1,25 bilhão no início desta semana.

Em outras partes da arena de parceria, a AstraZeneca desembolsou US$ 5,2 bilhões para contratar os serviços da CSPC Pharmaceuticals, com sede na China. Além disso, a BMS destinou US$ 11 bilhões no início deste mês para se juntar ao desenvolvimento da BioNTech de um medicamento biespecífico contra o câncer.

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Joni Mengaldo

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