Em debate, os tratamentos para o câncer de mama

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O Globo

Jornalista: Alice Cravo

O câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre mulheres em todo o Brasil. Em 2019, a expectativa é que 59,7 mil novos casos sejam diagnosticados no país. Estas foram algumas das informações debatidas pelos médicos Henrique Pasqualette, Ricardo Chagas e Cláudio Domênico, com mediação da jornalista Ana Lucia Azevedo, na última edição do “Encontros O GLOBO Saúde e Bem-estar”, cujo tema era Outubro Rosa. No evento, que aconteceu na sexta feira no auditório da sede do jornal O GLOBO, eles falaram sobre a importância da prevenção e os tipos de tratamento disponíveis. A ação foi uma realização do GLOBO com patrocínio do Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher (Cepem).

O encontro foi aberto pelo cardiologista Cláudio Domênico, que reafirmou a importância da manutenção de hábitos de vida saudáveis quando o assunto é prevenção. Além de uma boa alimentação, peso corporal adequado e moderação no consumo de bebidas alcoólicas, Domênico destacou ainda a relevância das atividades físicas regulares:

 

— Antigamente, achava se que quem tinha câncer ou problema cardíaco não podia fazer atividade. Hoje sabemos que o contrário é o que vale. Quanto mais exercício a pessoa fizer, melhor. Temos clínicas específicas para a realização dessas atividades por cardíacos ou pessoas com câncer — disse Domênico.


Henrique Pasqualette, fundador e diretor-médico do Cepem, falou sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama:

 

— Hoje, com a possibilidade do diagnóstico precoce, o prognóstico da paciente é espetacular. A chance de cura pode chegar a 90%, e é esse o conceito que temos que passar para a população, principalmente a saudável.


NOVOS TIPOS DE EXAMES

 

Pasqualette ainda explicou os diferentes tipos de exames que podem ser feitos periodicamente por mulheres. Além da mamografia, que reduziu a mortalidade por câncer de mama, ele falou também sobre a tomossíntese mamária. Es 90% e reduz o número de biópsias em 30%, mas está disponível somente na rede particular.

— Quando eu me formei, a mulher que descobri ao câncer de mama fazia o testamento. As cirurgias eram muito radicais. Hoje, com esses exames, é difícil que isso aconteça, além de as cirurgias serem bem mais conservadoras — explicou.


Ricardo Chagas, especialista em câncer de mama, tratou da preocupação com a incidência de câncer de mama no Rio de Janeiro. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o estado do Rio apresenta a maior incidência nacional da doença. São 92,9 casos para cada 100 mil mulheres. Atrás dele, vem o Rio Grande do Sul, com 88,23 casos.


— Muitas mulheres não pegam o resultado da mamografia por medo de descobrirem a doença. Elas não estão conscientes sobre os Encontro. Com mediação da jornalista Ana Lucia Azevedo, os médicos Henrique Pasqualette, Cláudio Domênico e Ricardo Chagas debateram sobre o câncer de mama na sede do jornal O GLOBO uma questão de saúde pública que precisa ser resolvida —alerta ele. —No consultório particular, são poucas as mulheres que chegam com câncer de mama avançado. Já na rede pública, os tumores que diagnosticamos são grandes. Estamos falhando com essa população.


Segundo Chagas, a demora no atendimento pelo SUS é um dos principais motivos da alta incidência de casos de câncer de mama em estágio avançado.

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