Há um mês, o aposentado Hélio do Nascimento precisou ser hospitalizado porque ficou engasgado com um comprimido. O remédio acabou preso no esôfago dele e causou um susto para a família.

“Chegou a um ponto que a água voltava pela boca e pelo nariz. Fiquei internado por dois dias. Passei por um sufoco, pensei que não fosse sair daquele problema”, diz.

A dificuldade do idoso em engolir medicamentos levou uma startup de Ribeirão Preto (SP) a desenvolver uma técnica capaz de eliminar cápsulas e até produzir colírios que podem ser absorvidos mesmo com as pálpebras fechadas.

Em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e o Hospital das Clínicas (HC), pesquisadores utilizam a nanotecnologia para produzir remédios, sem perdas à ação dos compostos farmacêuticos.


Segundo Guilherme Spuri Bernardi, CEO da startup, o processo de nanotecnologia deve baratear o custo dos produtos feitos no Brasil.

“Esse investimento que está sendo realizado vai propiciar nossa indústria a trazer tecnologias que só existem lá fora, o que vai baratear o produto para o consumidor final, além de geração de empregos e impostos. É coisa que a gente deixa de importar para fabricar aqui”, diz.

A tecnologia da miniatura também ajuda a deixar o gosto e o cheiro dos medicamentos mais agradáveis. Os pesquisadores dizem que o processo de fabricação só usa produtos naturais.

Fonte: O Globo

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