Emergent BioSolutions contaminou e destruiu 75 milhões de doses da vacina Janssen
Com o lançamento da vacina COVID-19 da Johnson & Johnson para um início mais lento do que o esperado, a notícia recente de que milhões de doses foram arruinadas em um erro de produção veio como um rude despertar. Mas a planta da Emergent BioSolutions no cerne da questão já enfrentou o escrutínio por suas deficiências de reguladores federais antes.
Agências reguladoras norte-americanas e o FBI estão investigando a fabricante de vacinas Emergent BioSolutions, que destruiu 75 milhões de doses da vacina Jaansen, produzida pela Johnson & Johnson, após contaminação. As informações são do The New York Times.
A empresa recebeu US$ 628 milhões do governo norte-americano para ser a principal fabricante nos Estados Unidos das vacinas contra a covid-19 da Johnson & Johnson e da AstraZeneca. A produção foi interrompida depois que um lote da Johnson & Johnson foi contaminado pelo material de fabricação da AstraZeneca.
Inspeções também mostraram sérios problemas de controle de qualidade. A fabricante informou que recebeu intimação do Departamento de Justiça, da Comissão de Valores Mobiliários, da Autoridade Reguladora da Indústria Financeira, dos procuradores-gerais de Maryland e Nova York e de comitês em ambas as casas do Congresso.
A divulgação das investigações ocorre um dia depois que a FDA (Food and Drug Administration), agência fiscalizadora norte-americana, liberou a retomada da fabricação das vacinas contra covid-19 pela Emergent BioSolutions em caráter emergencial.
A FDA já aprovou lotes anteriores de vacinas produzidas pela empresa, mas com um aviso de que não poderia garantir que todas as boas práticas de fabricação foram seguidas.
Ainda de acordo com o NYT, a Emergent BioSolutions passou boa parte das últimas duas décadas monopolizando o mercado de produtos para proteção do bioterrorismo e surtos de doenças infecciosas.
Com a pandemia, o governo norte-americano recorreu a fabricante para produzir vacinas e fármacos contra a covid-19.
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