Empresas dão férias coletivas a funcionários

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Férias coletivas, folgas, home office, gabinetes de crise e até a ajuda dos próprios funcionários. Essas têm sido algumas alternativas encontradas por empresas para manter a atividade nos últimos dias, marcados pelo movimento atípico nas ruas e pelos problemas de abastecimento em decorrência da paralisação dos caminhoneiros.

“Ninguém está reclamando, o clima entre a população é de compreensão”, diz o presidente do conselho de administração dos laboratórios Dasa, Romeu Côrtes Domingues.

Por lá, o principal impacto foi a redução no número de pacientes: na última segunda-feira (28), o pior dia, a queda foi de 50%. Como os estoques de insumos estavam em níveis razoáveis, não houve problema no atendimento, mas Domingues espera um gargalo para a análise e laudos de exames quando a situação se normalizar.

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“Teremos de contar com turnos extras ou, dependendo dos exames, refazê-los.”

Em outra empresa do setor de saúde, que pediu anonimato, carros de funcionários foram contratados para transportar amostras biológicas –parte do esforço para não causar problemas aos pacientes.

As 29 plantas dos cinco polos industriais da Braskem operam em capacidade mínima desde a última segunda-feira. Na Votorantim Cimentos, o atendimento dos clientes tem sido feito de forma parcial e apresenta queda progressiva –na segunda, já estava abaixo de 10%.

Também por falta de insumos, o Estaleiro Atlântico Sul decidiu dar férias coletivas para seus mais de 3.000 funcionários, e a Tramontina antecipou as férias coletivas dos seus cerca de 8.000 funcionários. Esse tipo de medida precisa ser comunicada aos sindicatos.

A CSN deu folga para a maior parte da equipe administrativa de sua usina siderúrgica em Volta Redonda (RJ) na segunda-feira, mas mantém a produção inalterada, segundo a agência Reuters.

A produtora de celulose Fibria reduziu o ritmo de produção em suas fábricas em Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS). A Suzano foi obrigada a paralisar operações na segunda, assim como a Marcopolo, que suspendeu as atividades em suas fábricas de 28 de maio a 1º de junho.

No setor de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, já são dez fábricas com pelo menos uma linha de produção temporariamente desativada, dentre elas a Whirlpool.

A expectativa é que a situação das indústrias só seja normalizada duas semanas após o fim dos protestos, o que deve impactar a venda de TVs, por exemplo.

“Estamos há das semanas do início da Copa do Mundo, período mais quente para a venda de televisores e há risco de faltar o produto no mercado”, afirma Jorge Júnior, presidente da Eletros.

Nos setor de automóveis, as indústrias pararam a produção na última sexta-feira (25), gerando um prejuízo na arrecadação de impostos de R$ 250 milhões por dia, segundo a Anfavea.

No sucroenergético, 150 usinas podem parar as atividades em São Paulo até esta terça-feira (29), segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), por não terem peças e diesel para abastecer máquinas e equipamentos nas indústrias.

Fonte Mixvale

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