Valor Econômico
Jornalista: Cibelle Bouças
10/08/20 - Um grupo de empresas e entidades, formado por Ambev, Americanas, Itaú Unibanco (Todos pela Saúde), Stone, Instituto Votorantim, Fundação Lemann, Fundação Brava e a Behring Family Foundation, se uniu para financiar a construção de uma fábrica de vacinas contra a covid-19, que será doada à Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).
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O grupo vai destinar R$ 100 milhões para a construção de um laboratório que vai funcionar no Rio, no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos / Fiocruz). A previsão é que a unidade esteja pronta no começo de 2021. O grupo também irá investir na aquisição de equipamentos e na infraestrutura para a produção das vacinas.
O laboratório vai receber 100 milhões de doses do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para processamento final (formulação, envase, rotulagem e embalagem) da vacina.
A vacina é a que está em teste no momento pela Universidade de Oxford e o laboratório farmacêutico britânico AstraZeneca. O projeto de desenvolvimento está na fase III de testes no Brasil e em outros países, como Estados Unidos, Reino Unido e África do Sul.
A expectativa é que a vacina tenha a submissão do seu dossiê de registro à agência regulatória nacional ainda neste ano. Com o registro, as doses produzidas serão disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, para imunização da população.
Quando concluídos todos os investimentos, Bio-Manguinhos/Fiocruz terá também capacidade para produzir outras vacinas no futuro, incluindo outros tipos contra a covid-19 que sejam aprovados.
A Fundação Osvaldo Cruz e a Ambev serão corresponsáveis pela gestão e execução do projeto, sob supervisão técnica de Bio-Manguinhos/Fiocruz. O escritório Barbosa, Mussnich e Aragão Advogados irá atuar como consultor jurídico do projeto, pró bono.
As empresas e fundações formarão um comitê para acompanhar o andamento das obras e aquisições dos equipamentos.
Parte dos integrantes da coalizão também vai apoiar a construção de uma fábrica similar no Instituto Butantan, em São Paulo. As duas iniciativas devem proporcionar ao país autonomia para o abastecimento de vacinas contra a covid-19. As duas fábricas serão as primeiras a produzir este tipo de vacina na América do Sul.
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