Empresas prometem resistir a pressão por vacina rápida

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Valor Econômico 
Jornalista: Naomi Kresge, da Bloomberg

09/09/20 - Farmacêuticas ocidentais que disputam a produção da vacina contra a covid-19 prometeram não encurtar procedimentos e só pedir aprovação de vacina que tenha segurança e eficácia verificadas por grandes testes clínicos, em meio ã pressão para lançá-la no mercado.

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Em carta pública inusual, as empresas concordaram em submeter as vacinas ao processo de liberação apenas quando elas tiverem comprovado ser seguras e eficazes em grandes testes clínicos. Assinaram o compromisso os CEOs de nove líderes na corrida pela descoberta da vacina contra o coronavírus: AstraZeneca, BioNTech, GlaxoSmithKline, Johnson&Johnson, Merck, Moderna, Novavax, Pfizer e Sanofi.

No documento, as empresas afirmam que "a segurança e o bem-estar dos indivíduos vacinados" sempre serão prioridades. E prometem seguir padrões científicos e éticos na fabricação e testes.

“Acreditamos que essa promessa ajudará a garantir a confiança do público no rigoroso processo científico e regulatório pelo qual as vacinas contra covid-19 são avaliadas e podem, em última instância, ser aprovadas”, diz o texto.

O documento pretende combater a percepção de que a pressão política para produzir uma vacina o quanto antes possa comprometer sua segurança.

O presidente americano, Donald Trump, disse que uma vacina poderia estar pronta antes da eleição presidencial de novembro, e acusou a Food and Drug Administration (FDA, o órgão regulador) de desacelerar seu trabalho para prejudicá-lo politicamente.

A confiança da opinião pública em uma vacina será decisiva, num momento em que as autoridades de saúde pública tentam convencer milhões de pessoas saudáveis do mundo inteiro a tomá-la. O compromisso incluiu também uma garantia de que as empresas trabalharão para assegurar que haja opções de vacina que sejam acessíveis mundialmente.

As farmacêuticas condensaram o cronograma de desenvolvimento de suas vacinas - que normalmente leva anos - a meses, com os resultados iniciais de algumas das mais avançadas na disputa previstos para antes do fim deste ano. A Pfizer disse que terá resultados decisivos dos testes até outubro.

As empresas disseram que atenderão às expectativas da FDA de realização de estudos com participantes em populações diversificadas. A Moderna recentemente desacelerou as inscrições em seus testes, o que resultou em um adiamento de cerca de uma semana, a fim de recrutar mais pessoas originárias de comunidades minoritárias sob alto risco em caso de infecção pelo vírus, informou a CNBC.

Várias vacinas em desenvolvimento estão nos estágios finais dos testes clínicos, projetados para provar se as vacinas podem reduzir as taxas de covid-19 sintomática em comparação com pessoas que não tomaram a vacina. Os resultados provisórios desses testes podem vir ainda neste ano, com potencial para autorização de uso emergencial ou aprovação total.

A FDA disse que não dará luz verde a uma vacina a menos que seja comprovado que é 50% mais eficaz do que um placebo.

Em agosto, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, que devem distribuir as vacinas, foram notificados para se prepararem para lançar campanha de vacinação até novembro. Reunião da FDA com especialistas para discutir vacinas foi marcada para outubro.

O cronograma pouco antes da eleição de 3 de novembro, levantou preocupações de que o governo Trump estaria apressando a aprovação da vacina para ajudá-lo a se reeleger.

A carta não incluiu as chinesas Sinovac Biotech e CanSino Biologics. A Rússia e a China começaram a empregar vacinas antes de testes em humanos serem concluídos. (Com agências internacionais)

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