Considerado incomum o linfoma não-Hodgkin, possui mais de 20 tipos diferentes. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número de casos praticamente duplicou nos últimos 25 anos (particularmente entre pessoas acima de 60 anos) por razões ainda não esclarecidas.
A doença ocorre no sistema linfático, que é uma rede de vasos e estruturas distribuído em todo o corpo e que compõe o sistema imunológico. É por isso que o linfoma pode ocorrer em qualquer parte do corpo.
“O linfoma não-Hodgkin é uma doença incomum que se divide em dois tipos: o de baixo grau e o de alto grau. Os linfomas de alto grau têm uma natureza agressiva, mas costumam responder bem à terapia, ao contrário dos tipos de baixo grau. O tratamento pode envolver radioterapia, quimioterapia e até transplante de medula óssea”, explica o oncologista, Loureno Cezana.
O oncologista aponta que o linfoma não-Hodgkin não está relacionado a fatores ambientais, como cigarro e alimentação. “É meio que um acaso. Não tem uma medida específica para evitar a doença”, detalhou Cezana.
Já a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) lista alguns fatores de risco que podem contribuir para o aparecimento do tipo de linfoma, como o vírus HIV, a bactéria Helicobacter pylori (que leva a úlceras no estômago), o uso prolongado de drogas quimioterápicas e a exposição à radiação.
Os sintomas do linfoma não-Hodgkin são variados, entre eles está o aumento do número de inguas no corpo, suor noturno, febre, coceira na pele e perda de peso inexplicada.
Para diagnosticar o linfoma são necessários diversos exames, como os de imagem (para determinar a extensão da doença, quais órgãos e partes do corpo foram atingidos), além de biópsia (quando encontrados os gânglios, nódulos aumentados ou órgãos acometidos) e exames de sangue.
Fonte Portal EBC
Consultas pública na Conitec:
RITUXIMABE (SUBCUTÂNEO) PARA LINFOMA NÃO HODGKIN DE CÉLULAS B, FOLICULAR, CD20 POSITIVO, EM 1ª E 2ª LINHA
LINFOMA NÃO HODGKIN FOLICULAR
O linfoma não Hodgkin (LNH) é um câncer que causa inchaço dos lindonodos (pequenas estruturas nodulares, do tamanho de feijões, encontrados por todo o corpo como caixa torácica, abdome e pelve), dentre outros sintomas. O tipo folicular é um tipo de baixo grau ou indolente, ou seja, que se desenvolve lentamente, por muitos anos, muitas vezes sem sintomas.
O LNH pode ser classificado em 4 estágios (I – IV), de acordo com o número de locais envolvidos e a presença da doença acima ou abaixo do diafragma (músculo localizado entre as cavidades do toráx e do abdomem). Aproximadamente 85% dos casos são estágios III ou IV no momento do diagnóstico, com frequente envolvimento da medula óssea.
Linfomas foliculares são altamente responsivos ao tratamento, mas o efeito deste na sobrevida é modesto, com poucos pacientes alcançando a cura (média de sobrevida entre 6 e 10 anos).
COMO O SUS TRATA OS PACIENTES COM LINFOMA NÃO HODGKIN FOLICULAR
O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde (PCDT) adota um tratamento que varia de acordo com a classificação do linfoma. Aos pacientes com linfoma folicular em estágio 1-2 ou 3, o PCDT recomenda simplesmente acompanhamento , sem necessitar de terapia antineoplásica (conhecida também como quimioterapia ou medicamentos quimioterápicos) até o aparecimento de sintomas, sinais de aumento do tumor ou acometimento da função de algum outro órgão.
Outros medicamentos quimioterápicos combinados ao rituximabe são geralmente recomendados como primeira escolha de tratamento em pacientes com linfoma folicular em estágio avançado.
MEDICAMENTO ANALISADO: RITUXIMABE SUBCUTÂNEO
O Laboratório Farmacêutico ROCHE solicitou à CONITEC a avaliação do medicamento rituximabe subcutâneo para 1ª linha de tratamento (primeira escolha) do linfoma não-Hodgkin de células B, folicular, CD20 positivo. O rituximabe que está atualmente disponível no SUS é o aplicado pela via intravenosa e esta demanda é para incorporar o rituximabe subcutâneo.
Os estudos científicos analisados pela CONITEC sobre o medicamento demonstraram que há benefício semelhante entre as formas intravenosa e subcutânea do rituximabe, assim como são similares os tipos de efeitos indejáveis que eles podem provocar nos pacientes.
RECOMENDAÇÃO INICIAL DA CONITEC
Após discussão sobre as evidências apresentadas, na 51ª reunião da CONITEC, realizada nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro de 2016, os membros da CONITEC recomendaram inicialmente, a não inclusão do medicamento rituximabe subcutâneo para linfoma Não-Hodgkin folicular.
Esta recomendação encontra-se agora em consulta pública para receber contribuições da sociedade (opiniões, sugestões e críticas) sobre o tema. Para participar, preencha o formulário eletrônico disponível em: http://conitec.gov.br/consultas-publicas
O relatório técnico completo de recomendação da CONITEC está disponível em:
Comentários