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Se alguns anos atrás fazer uma ligação interurbano ou internacional custava uma fortuna, hoje graças à tecnologia você conversa com qualquer pessoa do outro lado do mundo por chamada de vídeo em ótima qualidade e, dependendo da situação, quase de graça. A tecnologia definitivamente estreitou distâncias. A telemedicina vem fazendo o mesmo. A consulta remota é uma forma moderna e tecnológica de resolver as barreiras logísticas do atendimento médico de qualidade e especializado.

Em alguns países a telemedicina já é extremamente difundida e faz parte do dia a dia da maioria das pessoas. Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de três milhões de americanos já foram operados com o uso da telemedicina. No Brasil, como qualquer outro assunto que envolve tecnologia, infraestrutura e regulamentação, o passo é um pouco mais lento. Por aqui, enquanto algumas regiões mais ricas e desenvolvidas têm toda capacidade de aproveitar o máximo da telemedicina, outros lugares mais distantes e pobres não têm conectividade ou qualquer outra viabilidade técnica para implementar o atendimento a distância.

A questão é que, aqui no Brasil, 80% dos municípios têm menos de 20 mil habitantes Ou seja, são tão pequenos que não se justifica a presença de médicos especialistas e até hospitais gerais maiores. E, ainda assim, essa população não pode ficar à margem da saúde. A telemedicina pode ser uma saída para levar atendimento de qualidade para todas as regiões do país onde não exista um médico especialista. Basta levar infraestrutura e melhorar o modelo de gestão da saúde pública.

Este grande hospital de São Paulo opera uma plataforma própria de telemedicina desde 2012. Hoje, sete anos depois, conta com a tecnologia para entregar diversos serviços de saúde; do médico especialista a tratamentos contra tabagismo. Recentemente, em uma parceria com a Prefeitura de São Paulo, zerou uma fila de 70 mil pacientes que aguardavam consulta dermatológica em apenas seis meses. Outro exemplo que sai daqui e mostra o potencial da telemedicina é o atendimento prestado em plataformas de petróleo em alto mar. Na maioria das vezes é possível dispensar o transporte de helicóptero de um funcionário até o hospital e resolver tudo ali mesmo, com apoio virtual de um médico especialista. Nas UTI’s, o uso da telemedicina chegou a reduzir a mortalidade em mais de 50% em alguns hospitais.

Se a infraestrutura de alguns locais ainda é um obstáculo a ser vencido, por outro lado novos equipamentos hi-tech de atendimento remoto surgem a cada dia e surpreendem pelo fácil acesso e qualidade dos resultados. O telefone foi a primeira forma de fazer telemedicina. Mas hoje, além da chamada em vídeo de altíssima qualidade de imagem e som – como se o médico realmente estivesse ali, do lado do paciente – outros acessórios evoluíram e permitem a realização de exames também a distância; seja uma ausculta do coração, ou um exame de imagem feito com câmeras de alta definição.

Recentemente, o Conselho Federal de Medicina revogou a nova resolução que aprova o uso da telemedicina no Brasil. Nova resolução, porque já existe uma que prevê o atendimento a distância desde 2002. Ao que tudo indica, e segundo o que a gente ouviu de especialistas no assunto, é que tudo bem, a telemedicina vai servir para tornar mais fácil e rotineira a relação médico paciente. Claro, além de resolver questões logísticas de atendimento. O que falta é estabelecer as regras de utilização dessa nova relação com o paciente e, acima de tudo, garantir que haja sempre humanismo e segurança em todo e qualquer atendimento. Mas não tenha dúvida: é questão de tempo, afinal os benefícios são notórios e todo mundo ganha, principalmente a sociedade, com serviços de saúde mais dignos e respeitosos. Pelo menos é o que a gente espera.

Fonte: UOL

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