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Em entrevista concedida à Rádio Correio FM, o gerente da Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), Luciano Lima, contou que a Abrace é a única entidade que pode cultivar e fabricar medicamentos à base de maconha em território nacional.

Segundo o gerente da Abrace, para ter acesso aos medicamentos produzidos pela instituição, o paciente precisa de um laudo médico e uma receita indicando a necessidade da utilização dos óleos de THC ou CBD.

– O tratamento no início do Canabidiol no Brasil tratava só a epilepsia. Hoje são várias patologias que a cannabis trata, entre elas a fibromialgia, a esclerose múltipla, o Alzheimer, Parkinson e outras doenças como câncer, Aids e artrose – exemplificou.

Luciano explicou como a Abrace conseguiu a autorização judicial para trabalhar com o cultivo da cannabis. De acordo com ele, há 4 anos foi necessário cultivar a planta de forma ilegal em uma residência e, em seguida, se entregar à Justiça.

– No tempo, a Abrace tinha 150 pacientes. Então, a juíza Drª Vanessa, de João Pessoa, viu que não se podia parar o tratamento. Hoje nós funcionamos com uma liminar – completou.

Ainda de acordo com o gerente da Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança, que garante a eficácia e resultado dos medicamentos, atualmente a entidade atende cerca de 1.500 pacientes, porém, ainda há aproximadamente 1.000 pessoas na lista de espera.

– Eu sou pai, tenho um filho com epilepsia refratária, e meu filho chegou a ter de 150 a 200 crises convulsivas por dia, isso tomando cinco tipos de alopáticos. Há 6 anos que não se tem mais uma crise fazendo uso do óleo – ressaltou.

Luciano contou também que a substância é extraída em laboratório, direto da flor da maconha e após a extração é diluída em MCT ou glicerina. Já o restante da planta, segundo ele, é entregue a uma empresa e em seguida incinerada.

Por fim, ele contou que a Abrace é amparada pela Justiça e fiscalizada pelo Ministério Público Federal. A instituição possui sede em João Pessoa, e um dos anexos é localizado em Campina Grande.

Fonte: Paraíba Online

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