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Doença é assintomática, em muitos casos, levando a diagnósticos mais graves

 

No Dia Mundial do Rim, celebrado em 10 de março, ações de conscientização ao redor do mundo vão reforçar alguns importantes cuidados com a saúde. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Nefrologia coordena as atividades. O câncer renal é uma das patologias que preocupam. Com o envelhecimento da população brasileira, a tendência é o número de casos aumentarem, já que afeta principalmente pessoas a partir de 55 anos.

 

Por ser uma doença muitas vezes assintomática, muitos casos são descobertos já em estágio avançado. Quando apresenta algum sintoma, os mais comuns são sangue na urina, dor lombar lateral, anemia, fadiga, perda de apetite e febre. Entretanto, é cada vez mais comum o diagnostico ao acaso enquanto se realiza exames de imagem por outras causas (ex. apendicite ou colecistite).

 

A maioria dos casos de câncer de rim não tem associação clara com fatores causais. Sabe-se apenas de algumas predisposições como fumo, contato com chumbo e anilinas. Em razão disso, não existem políticas para rastrear esse tipo de neoplasia. As exceções são em portadores de algumas síndromes genéticas que predispõem à doença, como a de Von Hippel-Lindau (VHL), Birt-Hogg-Dube (BHD) e Hereditary Leiomyomatosis and Renal Cell Cancer (HLRCC).


De acordo com Dr. Fábio Schutz, especialista em Oncologia Clínica pela Sociedade Brasileira de Cancerologia e oncologista clínico no Hospital São José “o câncer de rim inicial é uma doença silenciosa e não tem fatores causais bem estabelecidos, como ocorre por exemplo em pacientes fumantes que tem risco significativamente aumentado para desenvolver câncer de pulmão. Neste sentido, não existem estratégias para prevenção do câncer de rim, e normalmente se indica hábitos de vida saudáveis como normalmente é indicado para qualquer pessoa: alimentação saudável, não fumar, fazer atividades físicas e check-ups médicos”, explica.

 

TRATAMENTO De acordo com Dr. Schutz, as chances de cura são muito grandes quando descoberto no início. “Acima de 90%. Mas, infelizmente, essa é uma doença na maior parte dos casos, assintomática. Muitos pacientes só descobrem ao acaso. Vão investigar algum outro problema, fazem um exame de imagem, e o médico acaba percebendo a presença do tumor”, esclarece o especialista.

 

Ainda de acordo com ele, no estágio inicial o tumor costuma afetar apenas um dos rins. “Pode-se fazer uma cirurgia para tirar parte do órgão doente. Ou, em casos selecionados, queimá-lo com radiofrequência ou congelá-lo com crioablação. Mas essa é uma indicação para situações específicas, em geral, para quem não pode se submeter a uma cirurgia ou tem apenas um rim. O tratamento padrão é a cirurgia”, detalhou Dr. Schutz.

 

Mesmo nos casos iniciais, quando o paciente é submetido a algum destes procedimentos, é importante monitorá-lo e checar se o tratamento não afetou o metabolismo ou, em caso de recidiva, perceber logo no início.

 

Quando o tumor atinge outros órgãos, configurando o estágio metastático, a cura é rara. As células cancerígenas se desprendem do órgão primário e afetam outros a partir da corrente sanguínea ou do sistema linfático. O tratamento é importante para amenizar os sintomas e retardar as complicações, e o controle deve ser ainda mais criterioso se o paciente for diabético, hipertenso ou possuir outras doenças que afetem o rim.

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