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Resultados apontam que utilização do medicamento em primeira linha trouxe redução de surtos da doença equivalente a uma taxa ajustada de uma recidiva a cada 20 anos [i]

 

São Paulo, agosto de 2024 — O movimento Agosto Laranja tem como objetivo desmistificar a esclerose múltipla (EM), conscientizando a população sobre essa doença autoimune do sistema nervoso central que causa danos às células do cérebro e da medula espinhal.[1] Mais comum em jovens entre 20 a 40 anos, a EM afeta mais mulheres do que homens[2], atingindo cerca de 40 mil pessoas no Brasil[3] e entre 2 milhões a 2,5 milhões de pessoas no mundo[4].

"Essa é uma doença neurológica grave, progressiva e com risco de sequelas irreversíveis, muitas vezes demorando a ser diagnosticada. Seus primeiros sintomas podem passar despercebidos, e a doença pode avançar por anos com sintomas sensitivos, problemas visuais, condições motoras, cognitivos e mentais que aparecem e desaparecem ao longo do tempo. Por isso, o tempo médio até o diagnóstico pode variar, mas em muitos casos pode levar anos, devido à natureza variada e inespecífica dos sintomas iniciais, que muitas vezes são confundidos com outras condições”, explica o Dr. Henry Sato, chefe do setor de Neuroimunologia do Instituto de Neurologia e Cardiologia de Curitiba.[5]

 

Tratamento em primeira linha e seus benefícios

Um estudo apresentou em abril no Congresso Anual 2024 da Academia Americana de Neurologia, a Novartis evidenciou dados clínicos preliminares de ofatumumabe a longo prazo, destacando o uso em primeira linha, ou seja, em pacientes recém diagnosticados (até três anos após o diagnóstico inicial) com formas recorrentes de esclerose múltipla, e que nunca haviam recebido nenhum tratamento, em comparação com pacientes previamente tratados com outros medicamentos e que mudaram para ofatumumabe.1

O estudo ALITHIOS analisou diversos parâmetros para verificar os benefícios a longo prazo de ofatumumabe em primeira linha comparado com início tardio, acompanhados por até seis anos.1 O grupo que iniciou o tratamento com ofatumumabe logo após o diagnóstico teve 44% menos recaídas agudas na comparação com o grupo de início tardio do medicamento (troca de teriflunomida para ofatumumabe).1 Além de redução de 96,4% de lesões no cérebro e na medula espinhal nos protocolos de ressonância magnética em comparação ao grupo de início tardio.1 Também nesse acompanhamento houve uma redução de 24,5% da piora da incapacidade confirmada em três meses, considerando uma escala que avalia principalmente a capacidade de locomoção/progressão da doença, que também reduziu a chance do mesmo desfecho em 21,6% quando mensurado em seis meses, comparado ao grupo de início tardio.1  

“Estamos muito satisfeitos em compartilhar os novos dados do ALITHIOS, que se somam ao crescente conjunto de evidências do ofatumumabe como uma opção eficaz e bem tolerada para pessoas que vivem com EMR”, , “A Novartis está comprometida com os pacientes que vivem com EMR por meio da descoberta e desenvolvimento de medicamentos potencialmente transformadores, com o objetivo de alcançar o controle completo da doença”. 

 

Sobre Ofatumumabe

Comercializado sob o nome Kesimpta® no Brasil e disponível no ROL da ANS desde setembro de 2023[6], o ofatumumabe é uma terapia de células B para adultos com esclerose múltipla recorrente, administrada mensalmente por autoaplicação subcutânea7. É o primeiro anticorpo monoclonal anti-CD20 totalmente humano a ser autoaplicado, projetado para maximizar a segurança e a tolerabilidade.[7],[8],[9] A terapia reduz rapidamente as células B periféricas e o seu mecanismo de ação visa os linfonodos, preservando as células B no baço.[10] Dados clínicos demonstram sua eficácia e segurança, com suporte de até 6 anos.[1] Aprovada em mais de 90 países, Kesimpta® tratou mais de 100.000 pacientes até março de 2024.

 

Referências

[1] Zwibel HL. Contribution of Impaired Mobility and General Symptoms to the Burden of Multiple Sclerosis. 2010;26(2009):1043–57.

[2] National Multiple Sclerosis Society. What Causes MS? Disponível em: https://www.nationalmssociety.org/What-is-MS/What-Causes-MS . Acessado em: 06 de agosto de 2024.

[3] MS International Federation. Epidemiology of MS in Brazil. Atlas of Multiple Sclerosis. Disponível em: https://www.atlasofms.org/map/brazil/epidemiology/number-of-people-with-ms#about. Acessado em: 06 de agosto de 2024.

[4] Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Esclerose Múltipla. Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt/arquivos/2022/portal_portaria-conjunta-no-1-pcdt_esclerose-multipla.pdf. Acessado em: 06 de agosto de 2024.

[5] CRM 19869 PR - RQE 14020

[6] ANS incorpora tratamentos para três tipos de câncer e esclerose múltipla ao Rol. Disponível em: <https://www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/noticias/sobre-ans/ans-incorpora-tratamentos-para-tres-tipos-de-cancer-e-esclerose-multipla-ao-rol>. Acesso em: 16 ago. 2024.

[7] Hauser et al. The development of ofatumumab, a fully human anti-CD20 monoclonal antibody for practical use in relapsing multiple sclerosis treatment. Neurology and Therapy. (2023).

[8] Bula Kesimpta®. Disponível em Bula-KESIMPTA-Solucao-injetavel-Paciente.pdf (novartis.com.br). Acesso em 16 de agosto de 2024.

[9] Bar-Or A, Fox E, Goodyear A, et al. Onset of B-cell depletion with subcutaneous administration of ofatumumab in relapsing multiple sclerosis: results from the APLIOS bioequivalence study. Poster presentation at: ACTRIMS; February 2020; West Palm Beach, FL.

[10] Smith P, Kakarieka A, Wallstroem E. Ofatumumab is a fully human anti-CD20 antibody achieving potent B-cell depletion through binding a distinct epitope. Poster presentation at: ECTRIMS; September 2016; London, UK.

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Joni Mengaldo

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