Estácio terá novo campus de Medicina na Barra em 2020

O Globo
Jornalista: Glauce Cavalcanti

04/10/19 - O Rio vai ganhar reforço em cursos de Medicina a partir de 2020. No início do próximo semestre letivo, a Estácio inaugura um novo campus na Barra da Tijuca, projeto de R$ 32 milhões, para onde será transferida a unidade da faculdade que funciona atualmente no Rio Comprido. Já a Rede D’Or aguarda autorização do Ministério da Educação (MEC) para inaugurar uma faculdade de Medicina e Enfermagem na Zona Sul da cidade.

A Estácio tem hoje 12 campi de Medicina no país, três deles no Rio: Rio Comprido e Centro, na capital, e Angra dos Reis. Ao todo são 3.841 alunos, menos de 0,7% dos 576 mil alunos da Yduqs — nome que a Estácio Participações adotou em julho. No resultado, porém, eles respondem por 9,2% da receita total.

- Queremos ser a referência em Medicina. O novo campus terá tecnologia de ponta, parceria com start-ups e grupos do setor como o Hospital Albert Einstein (SP). Será uma unidade pioneira deste novo ciclo. Vamos investir em outras unidades, depois - explicou Eduardo Parente, presidente da Estácio.

Mensalidade nas alturas

Os planos da Estácio para o segmento são robustos. A estimativa é que, em 2024, sejam cerca de 8.500 alunos de Medicina, podendo chegar a dez mil. Em 2028, a previsão é bater 13 mil.

- Os cursos de educação a distância (EAD) têm tíquete médio perto de R$ 300. No presencial, o dobro. Nos cursos top, quatro vezes mais. Medicina é um caso claro - comenta Parente.

O tíquete médio dos cursos de EAD da Yduqs é de R$ 273, enquanto no presencial sobe a R$ 824. Nos cursos de Medicina, considerando alunos pagantes, o valor supera R$ 8 mil por mês.

O movimento da Yduqs é acompanhado pelo setor de forma geral.

O número total de cursos presenciais em instituições de ensino superior no país chegou a 34,7 mil em 2018, segundo dados do MEC. Uma expansão de 10,38% sobre 2014. Nesses cinco anos, o número de matrículas, contudo, encolheu 1,41%, para 6,39 milhões.

Já na área de Medicina, a despeito da crise e do tombo na oferta de financiamento estudantil, o avanço em número de cursos foi de 28,3%, enquanto as matrículas deram um salto de 40,6%.

A trava nessa expansão está em decreto anunciado pelo MEC no fim de 2017 e sancionado no ano passado, suspendendo a abertura de novos cursos de Medicina por cinco anos. A Rede D’Or, por exemplo, está entre os grupos a postos para abrir uma faculdade de Medicina e Enfermagem no Rio. O curso funcionaria no Glória D’Or — complexo de R$ 300 milhões que terá sua primeira fase inaugurada em março do ano que vem.

- A ideia é transferir toda a parte de ensino e pesquisa para a Glória. O processo de autorização da faculdade de enfermagem junto ao MEC está em curso. Esperamos abrir a partir de 2021. Medicina vai depender da retomada das autorizações - diz Marcelo Pina, diretor executivo da Rede D’Or.

O grupo já conta com o Instituto D’Or, reconhecido pelo MEC como instituição de ensino superior. Este já oferece cursos de pós-graduação e extensão, além de um primeiro curso de graduação de tecnologia em radiologia na sede, que fica em Botafogo.

Aposta em inovação

O novo campus de Medicina da Estácio na Barra, que ficará no Shopping Città América, terá um laboratório de anatomia, com realidade virtual, de técnica cirúrgica e simulação de procedimentos. A ideia é ter um polo de formação, pós-graduação e pesquisa, destaca Silvio Pessanha Neto, diretor de Medicina da Estácio:

- Teremos na Barra novos programas de pós-graduação, com curso no modelo de residência médica. E será o primeiro centro de treinamento da American Heart Association no estado, que é referência internacional em protocolo de atendimento de emergência.

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