Magnólia é uma flor associada a força da vida, o que remete a beleza e a força de cada mulher que o projeto vai tocar, assim como a “ação” trazendo ao projeto o movimento do novo, de nunca parar de manter a força e modificar as realidades colocadas a cada uma dessas mulheres. Os encontros do projeto ‘Magnólias em Ação’ iniciaram no último dia 25de abril.
O projeto acadêmico - idealizado pela estudante/estagiária Katiane Freytag Carneiro, que tem como campo de estágio o Núcleo Maria da Penha (Numape) e a acadêmica/estagiária da Prati-Donaduzzi Paloma Pastore – faz parte da avaliação do aprendizado dentro da sala de aula sobre criação, planejamento, aplicação e avaliação de projetos sociais.
Elas explicam que essa competência cabe aos profissionais de serviço social em seus campos de trabalho. “Desta maneira, nós projetamos as ações vinculando os campos de estágio, tendo como principal objetivo unir o trabalho do Numape na frente de prevenção a violência contra a mulher com o fato da empresa Prati-Donadduzzi empregar em grande maioria mulheres”.
Um ponto que colocou-se como base de criação do projeto foi a necessidade e importância da disponibilização de informações sobre violência, leis de proteção a mulher e os serviços de atendimento à mulher em Toledo.
“Com base em nossos estudos, percebemos que a avalanche de informações que hoje se é produzida com os meios de comunicação, muitas vezes chega as mulheres de forma distorcida ou ainda não chegam a essas mulheres por tratar de mulheres trabalhadoras e em muitas situações são mães, as quais o tempo é mínimo para diversas tarefas que são responsáveis”, relatam as estudantes.
INFORMAÇÕES
‘Magnólias em Ação’ tem como objetivo proporcionar informações importantes para a conquista da autonomia e da superação de relações violentas que estão presentes no cotidiano das mulheres.
O projeto, de acordo com as acadêmicas, pretende disponibilizar informações sobre as formas de violência, a Lei Maria da Penha e os serviços que prestam atendimento à mulher na comarca de Toledo; provocar a reflexão sobre a violência e sobre as relações afetivas que culminam em violência e como os serviços podem auxiliar no distanciamento de situações violentas.
Elas comentam que as atividades devem ser realizadas com aproximadamente 90 mulheres diretamente. “Mas o projeto ainda deve gerar uma rede de informação, onde essas mulheres levem as suas mães, irmãs, filhas, vizinhas e colegas seus conhecimentos sobre as discussões e, com isso, o número de mulheres deve aumentar”.
PROGRAMAÇÃO
Será ofertado três ciclos do projeto, onde cada ciclo terá três encontros, para cerca de 30 mulheres. No primeiro encontro, a discussão irá girar em torno das relações sociais e a construção de gênero, onde as desigualdades culminam em violência.
No segundo encontro será discutido as formas de violência, ciclos de violência e as leis de proteção a mulher e, por último, será discutido os serviços de atendimento à mulher em Toledo e a competência dos mesmos.
As acadêmicas informam que em todos os encontros o início se dará por meio de uma dinâmica, a qual tende a aproximar e deixar as mulheres confortáveis com a atividade. Além disso, as discussões serão abertas para que as mulheres tirem duas dúvidas ou compartilhem suas experiências.
AVALIAÇÃO
Além de uma avaliação do aprendizado dentro do curso de Serviço Social, o projeto, de acordo com as acadêmicas, apresenta meios de como é possível iniciar uma mudança de atitudes dentro das relações sociais, “levando a informação de forma concisa, trazendo a reflexão sobre as estruturas em que todos estão envolvidos e onde é possível começar uma mudança para que a violência contra a mulher seja sanada”.
As acadêmicas entendem que somente por meio do conhecimento, realmente se é capaz da superação das violências. “Outro ponto importante a ser destacado é a criação da rede de informações entre as próprias mulheres. É importante que elas saibam identificar violências, saibam onde e quem procurar, saibam dos seus direitos e que possam ser a base para que outras mulheres superem situações de violência”.
Elas desejam que o projeto seja relevante para as mulheres e que as metas sejam alcançadas. ‘Magnólias em Ação’ possui como parceiros o Numape e a Prati-Donaduzzi.
Fonte: Jornal do Oeste
Comentários