Imagem de Engin Akyurt por Pixabay
Redação do Diário da Saúde
Energia no seu treino
Se ganhar força e massa muscular estiver entre seus objetivos, talvez você queira adicionar uma nova rotina ao seu treino.
A estimulação elétrica neuromuscular (EENM), ou estimulação elétrica muscular para abreviar, pode também resultar no desenvolvimento dos músculos.
Essa técnica, que usa correntes elétricas para contrair os músculos, já é largamente utilizada, inclusive para devolver os movimentos a pacientes com lesão medular. Há dispositivos de estimulação amplamente disponíveis no mercado, inclusive para uso doméstico.
Sudip Bajpeyi e colegas da Universidade do Texas (EUA) comprovaram isto fazendo uma meta-análise de dezenas de estudos científicos que usaram a estimulação elétrica neuromuscular, monitorando os efeitos verificados em pacientes e voluntários, acompanhada ou não de exercícios.
"Uma meta-análise fornece evidências mais abrangentes sobre estudos que exploram a mesma questão de pesquisa," explicou Bajpeyi. "Essa abordagem nos permite ir além das limitações de estudos individuais e tirar conclusões mais informadas e baseadas em evidências."
Benefícios com ou sem exercícios
A análise se concentrou em estudos onde os participantes realizaram exercícios de resistência tradicionais, como supino ou agachamento, enquanto usavam dispositivos de estimulação neuromuscular. Tipicamente, os exercícios envolvem de oito a 12 repetições de um exercício de treinamento com pesos, seguido de descanso e repetição.
Os estudos compararam o ganho de massa muscular quando os participantes usavam ou não os estimuladores elétricos durante o exercício. A massa muscular e a força dos participantes foram avaliadas no início e no final de cada estudo, e os períodos de treinamento variaram de duas a 16 semanas.
Os participantes que usaram os aparelhos de estimulação elétrica tiveram resultados significativamente melhores no ganho de massa muscular e de força. Durações mais longas dos períodos de treinamento produziram os melhores resultados.
Segundo a equipe, os resultados são suficientes para recomendar a estimulação elétrica neuromuscular até mesmo para quem não pode se exercitar na academia.
"Exercício é remédio, mas nem todo mundo é capaz ou está disposto a se envolver em exercícios tradicionais," disse o pesquisador. "Em condições normais, o cérebro ativa os músculos enviando sinais pelo sistema nervoso. A EENM imita esse processo ao fornecer correntes elétricas externas aos nervos, fazendo com que os músculos se contraiam, sem entrada do cérebro. Pense nisso como se seus músculos estivessem se contraindo involuntariamente."
Checagem com artigo científico:
Artigo: The additive effect of neuromuscular electrical stimulation and resistance training on muscle mass and strength
Autores: Gabriel Narvaez, Jehu Apaflo, Amy Wagler, Andrew McAinch, Sudip Bajpeyi
Publicação: European Journal of Applied Physiology
DOI: 10.1007/s00421-024-05700-2
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