Por SEGS
Apesar de ser uma condição psicológica, o estresse afeta todo o organismo e pode causar problemas para quem sofre de asma e não realiza o tratamento
O começo de um novo emprego, morar em uma casa nova ou voltar ao ritmo de aulas são mudanças que podem alterar o cotidiano das pessoas e causar medo, angústia, irritação, preocupação e desconforto, as quais são comumente conhecidas como sinais de estresse. Estes estímulos podem provocar diversas alterações no organismo do indivíduo, como sudorese excessiva, problemas no sistema digestório, aceleração do batimento cardíaco e alterações no ritmo da respiração. No sistema respiratório, as alterações causadas pelo estresse são perigosas e podem provocar crises em pessoas que possuem asma e não realizam o tratamento adequado da doença, por exemplo.
O estresse, assim como qualquer outra alteração emocional, modifica fatores hormonais no organismo e causa a liberação de substâncias que podem provocar a broncoconstrição – uma redução da passagem de ar nas vias respiratórias, devido à contração do músculo dos brônquios e, consequentemente, a pessoa tem mais dificuldade para respirar– por isso, pacientes com asma podem apresentar maiores problemas para respirar. Por ser uma doença crônica e inflamatória de causa alérgica, a asma também é afetada pelas alterações na reação do organismo à inflamação em casos de estresse. O diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, Dr. Mauro Gomes, ressalta que “os principais sintomas da asma são a falta de ar e o chiado no peito. Eles podem ser intensificados durante as crises da doença, que ocorrem quando o paciente não realiza o tratamento de forma adequada. Durante períodos de desequilíbrio emocional, os pacientes que não fazem o acompanhamento da asma têm crises, que se tornam mais graves e frequentes”.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">Além de acometer os adultos, o estresse também pode afetar crianças e adolescentes. Traumas, problemas de adaptação na escola e complicações familiares são situações que podem alterar o equilíbrio emocional dos jovens. O estresse nessa fase da vida se torna uma característica mais preocupante quando a criança tem asma – o desenvolvimento dos primeiros sintomas da doença ocorre na infância, até os três anos de idade[i], em cerca de metade dos casos diagnosticados. Então, o estresse impacta na qualidade de vida e pode provocar limitações, causando mais irritabilidade, ansiedade, depressão e dificuldade para estudar[ii]. Nos adultos asmáticos, o estresse também intensifica os impactos causados pela doença, quando ela não é tratada, podendo apresentar insônia, fadiga, diminuição do nível de atividades e ausência no trabalho.
Se o paciente tiver acompanhamento médico e tratara asma adequadamente, os sintomas podem ser controlados, proporcionando melhor qualidade de vida e até nenhum impacto na rotina do paciente. “Mesmo em situações de estresse, se o paciente estiver em tratamento, ele não deverá ter crises da doença”, explica o Dr. Mauro. “Dessa forma, os impactos de desequilíbrios emocionais são menores e não comprometem a doença crônica, que acompanhará o paciente ao longo de toda a vida”. O especialista também reforça que, apesar do estresse afetar os pacientes com asma, ele não pode causar a asma em pessoas que não têm a doença, pois sua origem é genética, ou seja, algumas pessoas têm predisposição para desenvolver a asma.
Essa é uma das doenças respiratórias mais comuns, afetando cerca de 334 milhões de pessoas no mundo[iii] e mais de 10% da população brasileira[iv]. Apesar de poder se manifestar durante os primeiros anos de vida, as pessoas também podem começar a apresentar os sintomas da asma ao terem contato com fatores que sensibilizam as vias aéreas, como ácaros, poeira, pelos de animais domésticos, fumaça de cigarro e poluição[v]. Assim como o estresse, todos esses fatores podem prejudicar a condição dos pacientes e provocar crises. “Além de evitar o contato com esses elementos, o paciente deve procurar um médico e realizar o tratamento correto, com o uso de medicamentos para o controle da doença e prevenção das crises, comenta o Dr. Mauro Gomes.
O pneumologista pontua algumas alternativas para auxiliar os pacientes com asma durante o tratamento medicamentoso e evitar complicações causadas pelo estresse. Confira abaixo:
· Busque manter uma alimentação saudável;
· Faça exercícios físicos aeróbicos, como caminhada, com a orientação médica;
· Durma 8 horas diárias;
· Mantenha a casa sempre arrumada e limpa, evitando os fatores de risco para as crises da doença;
· Organize o seu tempo para poder realizar todas as tarefas do dia tranquilamente;
· Evite preocupações excessivas com problemas pequenos.
A Boehringer Ingelheim
Medicamentos inovadores para pessoas e animais têm sido, há mais de 130 anos, o foco da empresa farmacêutica Boehringer Ingelheim. A Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais farmacêuticas do mundo e até hoje permanece como uma empresa familiar. Dia a dia, cerca de 50.000 funcionários criam valor pela inovação para as três áreas de negócios: saúde humana, saúde animal e fabricação de biofármacos. Em 2016, a Boehringer Ingelheim obteve vendas líquidas de cerca de € 15.9 bilhões. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento correspondem a 19,6% do faturamento líquido (mais de € 3 bilhões).
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