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A pesquisa identificou que quase 70% dos pacientes sofrem com distúrbios emocionais como ansiedade e depressão

SÃO PAULO, 29 de outubro de 2018 /PRNewswire/ — Um estudo inédito realizado no Brasil identificou que o impacto da psoríase na qualidade de vida do paciente vai além das lesões visíveis na pele. Publicado na revista científica Journal of Dermatological Treatment, o APPISOT detectou que mais da metade desses pacientes (53%) sofre com outras complicações relacionadas à enfermidade, caracterizada pelo aparecimento de crostas vermelhas, escamosas e espessas na pele1. Nesse cenário, a chegada de alternativas de tratamento com mecanismos de ação diferentes dos já existentes amplia o arsenal terapêutico para o combate à doença que atinge cerca de 3 milhões de pessoas no país2.

A pesquisa, que envolveu 26 centros de referência em dermatologia em 11 estados brasileiros e mapeou mais de mil pacientes, revelou que as consequências da psoríase podem comprometer o emocional, o físico e a rotina das pessoas diagnosticadas com a doença. Entre as comorbidades relacionadas à enfermidade, a pesquisa identificou que quase 70% dos pacientes sofrem com distúrbios emocionais como ansiedade (39,7%) e depressão (27,1%).

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Os dados destacam ainda que o estilo de vida dessas pessoas está ligado ao sedentarismo, já que mais de 60% delas não praticam atividade física. Além disso, a maioria dos pacientes ouvidos possui obesidade (37,1%) ou sobrepeso (36,4%).

Outros aspectos influenciados pela psoríase são a interação social e a vida profissional. O estudo apontou que mais de 40% dos participantes está desempregado. Mais um efeito da doença é o absenteísmo: quanto maior a gravidade da doença, mais dias de trabalho ou estudo perdidos no ano.

 

Outros pontos levantados na pesquisa retratam o alto consumo de álcool e fumo: 30% declararam beber com frequência, sendo que, destes, 25% declaram consumo abusivo e 16% são fumantes há pelo menos 10 anos, com consumo médio de um maço por dia. Todos esses fatores causam piora na condição geral de saúde e, combinados com outros achados do levantamento, têm possibilidade de trazer ou agravar problemas como obesidade, diabetes, doenças vasculares, renais ou hepáticas, úlcera, infarto do miocárdio e reumatismo.

“Essas descobertas reforçam o conceito de que a psoríase em placas, apesar de visível apenas na pele, é uma doença sistêmica e que, quanto mais grave, maior o impacto na qualidade de vida”, destaca Telma Santos, Diretora Médica da Janssen Brasil. Além disso, acrescenta, “os achados mostram que a psoríase carrega forte estigma, causado pelo desconhecimento da população sobre a enfermidade”.

O diagnóstico da doença é realizado por meio da avaliação do histórico do paciente, quadro clínico e, em alguns casos, exame histopatológico – uma análise microscópica da pele. Na psoríase em placas, a classificação é feita apenas pela análise clínica, por conta da especificidade das lesões3. Entre as opções de terapia para a enfermidade estão os tratamentos tópicos, fototerapia e medicamentos sistêmicos orais e biológicos.

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Recentemente lançado no Brasil pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, guselcumabe é o primeiro biológico que atua especificamente na proteína interleucina (IL) 23, considerado um mediador inflamatório chave da doença. O medicamento demonstrou potencial de proporcionar melhora de 90% dos sinais da psoríase em placas de sete em cada 10 pacientes tratados após a administração das três primeiras doses do produto4,5.

“Nos últimos anos temos observado a chegada de importantes inovações para ampliar o arsenal terapêutico, permitindo encontrar a melhor opção de tratamento para cada paciente. As novas medicações para psoríase têm se mostrado seguras e altamente eficazes no controle da doença. Hoje, a doença pode ser controlada quase por completo, até mesmo quando se manifesta de forma moderada ou grave”, explica o dermatologista e coordenador do Ambulatório de Psoríase do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Marcelo Arnone.

1 Global Reportonpsoriasis – Organização Mundial de saúde http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/204417/9789241565189_eng.pdf?sequence=1 Acesso em julho de 2018.  
2 Ricardo Romiti, Lincoln Helder Zambaldi Fabrício, Cacilda da Silva Souza, Leticia Oba Galvão, Caio Cesar Silva de Castro, Aripuanã Cobério Terena, Francisca Regina Oliveira Carneiro, Luiza KeikoMatsukaOyafuso, Sueli Carneiro, Bernardo Gontijo, Clarice Marie Kobata, Maria de Fátima Paim de Oliveira, Tania Cestari, João Roberto Antônio, Gladys Aires Martins, Silvio Alencar Marques, Sulamita Costa Wirth Chaibub, Ana Carolina BeliniBazán Arruda, Paulo AntonioOldani Félix, Renata Ferreira Magalhães, Luna Azulay Abulafia, Karine A. Ferreira, Aline Medeiros da Silva, Bruno Leonardo Silva & Juliano Souza (2018): Assessmentofpsoriasisseverity in Brazilianpatientswithchronic plaque psoriasisattendingoutpatientclinics: a multicenter, population-based
3 Consenso Brasileiro de Psoríase http://formsus.datasus.gov.br/novoimgarq/24326/4057388_345331.pdf Acesso em julho de 2018  
4 Reich K, et al. Efficacy and safety of guselkumab, an anti-interleukin-23 monoclonal antibody, compared with adalimumab for the treatment of patients with moderate to severe psoriasis with randomized withdrawal and retreatment: Results from the phase III, double-blind, placebo- and active comparatore controlled VOYAGE 2 trial.  J AM ACAD DERMATOL;VOLUME 76 (3):418-431. Available at http://www.jaad.org/article/S0190-9622(16)31158-6/abstract.  
5 Dados apresentados no congresso da Academia Americana de Dermatologia (AAD).

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