Da EFE
Londres - Um grupo de cientistas nos Estados Unidos descobriu um novo método para eliminar células nas quais o HIV permanece latente e invisível para o sistema imunológico e os remédios antivirais, revela um estudo publicado nesta terça-feira pela revista britânica "Nature".
A pesquisa, desenvolvida pelo Instituto de Alergias e Doenças Infecções de Maryland, conseguiu "desenvolver especificamente" um novo anticorpo que futuramente pode reduzir o número de células que abrigam o vírus de imunodeficiência humana (HIV) em pacientes com aids.
Em comunicado divulgado pela "Nature", os cientistas John Mascola e Gary Nabel afirmam que esse anticorpo ativa células nas quais o HIV permaneceu latente e, ao mesmo tempo, comanda as chamadas "células T" para que as destrua.
"É capaz de provocar a produção de proteínas do HIV por células infectadas com HIV extraídas de pacientes e isoladas, o que as torna visíveis, ou seja, um alvo mais fácil para as células imunológicas", explica o texto.
Esse tratamento, segundo os autores do estudo, foi bem aceito pelos macacos submetidos testes, o que indica que pode ser aplicado em testes médicos com humanos.
A erradicação do vírus que causa a aids ainda representa um desafio para os cientistas, pois o HIV pode permanecer "adormecido" e se instalar em "depósitos" de células com infecção latente.
Por esse motivo, a eliminação do HIV desses "depósitos" é um passo significativo para a erradicação total do vírus no corpo humano, destacam Mascola e Nabel.
"O anticorpo desenvolvido pode nos aproximar um pouco mais desse objetivo, mas sua efetividade em testes pré-clínicos aplicados em modelos animais e humanos ainda deve ser avaliada", afirmaram os pesquisadores.
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