(Divulgação/foto)
A estratégia ESG entrou na Eurofarma, fabricante de medicamentos, em 2008. Na época, é bem verdade, a companhia não usava a sigla, que ganhou notoriedade apenas a partir de 2020. A maneira como a fabricante estruturou seus planos de sustentabilidade, no entanto, era avançada para o momento. O primeiro passo foi criar uma diretoria de sustentabilidade e, para isso, a Eurofarma buscou inspiração em empresas estrangeiras.
A estratégia foi construída a partir de um tripé social, ambiental e econômico. No primeiro, ficaram o instituto, os patrocínios e a comunicação institucional. A área ambiental concentrou o dia a dia das fábricas, com foco na antecipação de regulamentações que pudessem afetar o negócio. Mas foi no aspecto econômico que a Eurofarma inovou. A diretoria de sustentabilidade assumiu as áreas de planejamento e fusões e aquisições. “Foi inédito para a época”, afirma Maria del Pilar Muñoz, vice-presidente da companhia. “O objetivo era inserir fortemente a sustentabilidade na organização.”
A Eurofarma foi a primeira farmacêutica brasileira a instituir um programa de logística reversa para medicamentos e embalagens primárias. Mais recentemente, teve início um projeto para ensinar os consumidores a descontaminar as embalagens usando itens domésticos, como removedor de esmalte. A empresa até lançou um título verde atrelado a esse programa. Com a inclusão das fusões e aquisições na estratégia ESG, a empresa reduziu os riscos. Muñoz explica que o objetivo era estabelecer limites. “Nosso modelo é sustentável e precisamos ter certeza de que, ao replicá-lo na empresa adquirida, não vai inviabilizar o negócio”, diz ela.
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