Prati-Donaduzzi comemora 24 anos

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Para comemorar os 24 anos da Prati-Donaduzzi, a empresa trouxe a Toledo, o Dr. Drauzio Varella que proferiu palestra a funcionários e convidados. O médico destacou que em 24 anos os fundadores construíram a mais importante indústria de genéricos do Brasil. Ele esclareceu que este tipo de medicamento segue parâmetros técnicos rigorosos e garante segurança e eficácia para o tratamento indicado.

No Brasil os genéricos representam 24% do mercado. Enquanto os medicamentos de marca crescem 7% ao ano, os genéricos crescem na ordem de 14%. A Prati-Donaduzzi é responsável por abastecer com seus remédios mais de 50 mil farmácias, mais de 40 mil Unidades Básicas de Saúde, mais de 5500 municípios totalizando uma assistência de mais de 25 milhões de pessoas. “No Brasil a produção de genéricos já atende os principais antibióticos, a tratamentos de doenças como diabetes e hipertensão. Não se trata de gostar ou não gostar, é um medicamento seguro, pois atende as especificações técnicas de alto controle e qualidade”, defendeu Drauzio Varella.

O diretor fundador da indústria, Luiz Donaduzzi destaca o papel da empresa no cuidado da saúde pública. “Nós não nos damos conta da importância do trabalho que desenvolvemos no país. O Drauzio mostrou a importância de fazermos um medicamento de qualidade, com preço justo, o que não acontecia há 20 anos. Atualmente o Brasil possui cerca de 13 milhões de diabéticos. Na Prati nós tratamos entre 3,5 a 4 milhões de diabéticos por dia, como nosso remédio. A cada quatro comprimidos em uma farmácia um é da Prati-Donaduzzi e isto é muito significativo”, comemora Donaduzzi.

Os genéricos são produtos consolidados na indústria de medicamentos, mas há ainda espaço de expansão. “Existe ainda a necessidade de sensibilizar população para o consumo dos genéricos, que são medicamentos que tem tanta segurança quanto os de marca. Hoje é a fatia que mais cresce em relação ao consumo de medicamento (24%) e isso só vem a aumentar. E a Prati está pronta para este desafio. Somos uma empresa consolidada com uma histórica e com capacidade de entender os novos desafios de um mercado que é mutante”, pondera Luiz Donaduzzi.

O atual presidente da indústria farmacêutica, Eder Maffissoni reafirma que este mercado em expansão tem desafios a serem enfrentados. “Nos EUA quase 60% dos medicamentos consumidos são genéricos Tem que ter um período de familiarização, quebra de paradigmas e construção de confiança. No Brasil ainda há muita falta de informação. Existe um tabu a ser quebrado em relação ao passado histórico de falsificação de medicamentos, pílulas de farinhas. Hoje a ANVISA é uma das mais severas do mundo e esse contexto histórico ficou para trás. Nosso trabalho é fortalecer a imagem do medicamento genérico, que é tão bom quando os de marca. Aliás, as indústrias de medicamento genérico são muito mais modernas que as de medicamentos de referência. O Brasil está no caminho certo”, aposta Maffissoni.

Sucessão

O legado da maior indústria de genéricos do Brasil deve seguir e para isso a empresa se preparou. “Não temos o direito ético de vender a Prati. Nos últimos dez anos o Eder pegou a frente da Prati e eu só cuido do PDI até o fim de dezembro. Depois estarei um pouco afastado”. Dr. Luiz Donaduzzi está à frente do Parque Científico e Tecnológico de Biociências do Paraná – Biopark.

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Eder Maffissoni garante que a indústria deve seguir o caminho trilhado ao longo dos 24 anos. “Queremos seguir o legado do patrão nos próximos 24 anos. Tentar manter o ritmo de conhecimento que temos, desenvolver novos produtos, novos mercados. Temos um planejamento estratégico robusto para isso. Temos um amplo portfólio depositado na ANVISA, o que traz sustentabilidade para a empresa e tranquilidade à médio e longo prazo”.

A Prati-Donaduzzi gera cerca de cinco mil empregos diretos; é a segunda maior empregadora do município e a segunda maior folha, no quesito montante financeiro, mas muito próximo da primeira colocada.

A defesa do SUS

O palestrante Drauzio Varella estabeleceu uma linha histórica da atenção a saúde pública no Brasil. “Antes dos anos 1960 o que tínhamos era o INPS que garantia a assistência apenas a quem tinha carteira de trabalho assinada. Deixando a maioria da população, que na época era rural, desassistida”.

Varella defende que o Sistema Único de Saúde – SUS foi a invenção mais importante na história médica. “Quando se fala em SUS as pessoas logo pensam nas filas, na espera no pronto-socorro, mas o SUS é muito mais. Somos a população com maior cobertura em vacina, mais de 95%. Nos casos hepáticos, quando há necessidade de transplante, tendo ou não plano de saúde, é na fila do SUS que o paciente terá a garantia do transplante. Ou ainda, temos segurança na transfusão de sangue e quem controla isso: o SUS”.

Outra história de sucesso do SUS, defendida pelo Dr. Drauzio Varella é a conduta do Brasil no tratamento da AIDS. “Revolucionamos o tratamento da AIDS, com a distribuição gratuita dos medicamentos, apesar das críticas quando diziam que com esta postura deixaríamos o vírus mais resistente o que não aconteceu”, comemora Varella.

O médico lembra que quando explodiu os casos de AIDS o Brasil e África do Sul tinham números semelhantes de casos, com a conduta brasileira que virou referência mundial as diferenças foram exponenciais. “Com a distribuição de medicamentos o Brasil ficou na marca de 820 mil infectados, enquanto a África do Sul, 10% da população está contaminada”. Varella alertou que o controle não significa a cura, por isso as pessoas devem seguir tomando os cuidados de prevenção à contaminação.

Qualidade de Vida

O médico num clima descontraído levou a plateia a reflexão que o maior acesso a medicamentos e atenção a saúde não deve significar a transferência da responsabilidade do cuidado próprio do indivíduo ao Estado. Ele defendeu a importância da atividade física e a prevenção, em especial da população masculina, que segundo ele, se esconde atrás do mito de superioridade física e deixa de tomar cuidados básicos. Varella enfatizou que a superioridade genética está com as mulheres que se desenvolvem neurologicamente mais rápido que os homens e vivem em média sete anos a mais que os homens.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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