Foto: Eurofarma
A emissão de títulos acontecerá em série única, com vencimento no prazo estipulado de sete anos
A Eurofarma está preparando uma emissão de debêntures bilionária sob o valor de R$ 3 bilhões. A farmacêutica tem o intuito de usar o capital para antecipar o resgate de três emissões de títulos do mesmo tipo.
De acordo com o Valor Econômico, a Eurofarma também pretende utilizar o que sobrar dos recursos do debêntures para reforço do caixa. A emissão de títulos acontecerá em série única, com vencimento no prazo estipulado de sete anos.
Além do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), a farmacêutica tem a intenção de pagar um spread de até 1,3% ao ano. Ainda segundo o Valor, nas últimas semanas, a negociação de debêntures tem enfrentado redução das taxas, sob influência do aumento da demanda de títulos.
No mês de dezembro, por exemplo, a captação da Eurofarma foi de um volume consideravelmente menor, estimado em R$ 500 milhões. O prazo foi de quatro anos e taxa de CDI +1,25%, números que se aproximam da taxa pretendida. Segundo o veículo, o Itaú BBA e o Santander (SANB11) são as instituições que coordenam a operação.
Investimentos em debêntures caem mais de 50% em janeiro
Em janeiro, no entanto, ocorreu uma diminuição no montante de recursos angariados pelas empresas no âmbito do mercado financeiro. As operações concluídas durante o mês totalizaram R$ 20,71 bilhões, representando uma queda de 22% em comparação com o mesmo período de 2023. Esses dados foram divulgados na última sexta-feira pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
A redução foi liderada pela queda de quase 56% no volume obtido por meio das debêntures, totalizando R$ 8,28 bilhões. Além disso, o prazo médio desses títulos também diminuiu, passando de 7,8 anos em dezembro para 5,8 anos em janeiro.
As debêntures incentivadas, que proporcionam isenção fiscal aos investidores pessoa física, movimentaram R$ 2,64 bilhões no primeiro mês de 2024, abaixo dos R$ 2,89 bilhões emitidos em janeiro do ano anterior. No mês anterior à decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de restringir as ofertas de títulos incentivados, como letras de crédito e certificados de recebíveis imobiliários (LCI e CRI) e do agronegócio (LCA e CRA), entre outros, houve um aumento nos volumes captados com instrumentos de securitização.
Fonte: BP Money
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