Correio Braziliense
13/01/20 - Os exames de ultrassom demandam o contato do aparelho com a pele do paciente. Em caso de crianças e vítimas de queimadura, por exemplo, o procedimento pode se tornar complicado. Na tentativa de resolver o problema, engenheiros do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, criaram um dispositivo que usa laser para fazer as imagens desejadas, dispensando o contato direto com o corpo.
Em um artigo publicado, no mês passado, na revista Light: Science and Applications, a equipe relata a geração das primeiras imagens de ultrassom a laser em humanos. Eles examinaram os antebraços de voluntários e observaram características comuns de tecido, como músculo, gordura e osso, até cerca de 6 centímetros abaixo da pele. Para isso, usaram lasers remotos focados a meio metro de distância dos participantes.
O laser gera remotamente ondas sonoras que saltam pelo corpo do paciente. Um segundo laser detecta remotamente as ondas refletidas, que são convertidas em imagens semelhantes às do ultrassom comum. Nos testes, foram produzidos exames com os limites de gordura, músculo e tecido claramente visíveis e comparáveis ao exame tradicional.
“Imagino que chegamos a um ponto em que podemos fazer tudo o que o ultrassom pode fazer agora, mas a distância. Isso oferece uma maneira totalmente nova de ver os órgãos dentro do corpo e determinar as propriedades dos tecidos profundos, sem fazer contato com o paciente”, destaca, em comunicado, Brian W. Anthony, principal autor do artigo.
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