Explosão afeta laboratório russo que abriga vírus vivo do ebola e varíola
Fundado em 1974, o Vector era usado para desenvolver pesquisas sobre armas biológicas durante a Guerra Fria. Foto: Pixabay
Centro de pesquisas afirma que não há chance de contaminação da população
RIO — Uma explosão incendiou Centro Estadual de Pesquisa de Virologia e Biotecnologia russo, conhecido como Vector. O local é responsável por abrigar amostras de vírus vivos como o do ebola, o da varíola e do HIV. O centro de pesquisas afirmou nenhum material biológico de risco estava armazenado na sala onde ocorreu a explosão, e que por isso não há chance de contaminação da população com os patógenos, que apresentam altas taxas de letalidade.
O acidente aconteceu na última segunda-feira, durante uma obra para reparos da sala de inspeção sanitária, no quinto andar do prédio de seis andares. O edifício fica em Koltsovo, na região de Novosibirsk, na Sibéria. Na explosão, uma pessoa ficou ferida com queimaduras de terceiro grau. O incêndio começou quando um cilindro de gás explodiu, quebrando as janelas do prédio. Apesar disso, a estrutura da construção não foi afetada.
Fundado em 1974, o Vector era usado para desenvolver pesquisas sobre armas biológicas durante a Guerra Fria. Agora, o centro de pesquisa é conhecido por desenvolver vacinas e ferramentas para diagnosticar e tratar doenças infecciosas. Os cientistas do laboratório russo estão trabalhando na criação de vacinas para gripe suína, HIV e ebola.
O incidente de segunda-feira não foi o primeiro no Vector. Em 2004, um pesquisador morreu no complexo de laboratórios após se espetar acidentalmente com uma agulha infectada pelo vírus ebola.
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