Imagem de John Hain por Pixabay
"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." 1 Coríntios 13:1-7
Na semana passada comentei que nada acontece por acaso em nossas vidas e que eu acredito que Deus tem um propósito para mim e para você.
Hoje, novamente quero compartilhar um texto que Paulo de Tarso escreveu. O da semana passada ele escreveu no início de sua jornada como missionário, possivelmente no ano 49 d.C., este sobre "amor" ele escreveu aproximadamente em 55 d.C., quando estava na cidade de Éfeso. Já tinha passado vários desafios em sua jornada, perseguição, oposição, sofrimento físico, solidão, entre outros fatos.
Antes de continuar, te convido a ouvir a música “Monte Castelo” no canal oficial da Banda Legião Urbana, veja pelo link ou incorporado abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=NQ-K8QSStOo
Interessante um músico utilizar este tipo de citação em sua música, acredito que em algum momento você tenha a admirado, cantado ou dançado. Não sei se sabia que tem origem bíblica.
Agora avaliando a música, e se soubéssemos que seria impossível viver este tipo de amor que acabamos de ouvir e apreciar. Como você se sentiria?
Não é incomum que artistas utilizem textos bíblicos como inspiração, outro exemplo é a canção “Viva La Vida” da Banda Coldplay, está recheada de termos bíblicos, vejam: “Eu ouço os sinos de Jerusalém tocando” e “Meus missionários em um campo estrangeiro”.
Voltando ao amor que Paulo escreveu e que foi retratado pelo Legião Urbana, temos que levar em consideração o contexto histórico de quando foi escrito e o que ele quis dizer com isso.
Ele diz que sem amor: “serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine”. Um sino ressoando em algum momento vai parar e não serve para outra coisa. Também ele diz que sem amor: “nada serei”. Ou qualquer coisa que eu fizer “nada disso me valerá”.
E eu te pergunto que tipo de amor é este que “é paciente, é bondoso, não inveja, não se vangloria, não se orgulha. não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, se alegra com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” ?
Na semana passada naquele trecho que citei, ele diz que um dos frutos do Espírito é o amor.
Aqui novamente ele nos ensina sobre o amor.
Quando voltamos 2000 anos e estudamos os pensadores, filósofos e escritores bíblicos da época, sabemos que eles tinham várias palavras para descrever o amor. Hoje utilizamos somente uma para dizer que alguém teve uma relação sexual, utilizando a mesmo palavra quando o amor é de um irmão para outro e também o amor de Deus.
No grego a palavra utilizada para amor sexual é a palavra “eros” (dai vem o termo erotismo), o amor de irmão é “phileo” (amizade) e o amor de Deus é “ágape”.
Neste trecho que acabamos de cantar na música, Paulo utilizou o amor ágape. Quando ele diz que o amor tem todas aquelas qualidades e características, ele diz que é um amor incondicional. Um amor que Deus expressa para nós. Não importa a situação, não importa o momento, independente do meu humor, e das minhas condições, é um amor sem fim.
Eu diria que expressar este amor, depende, e muito, da nossa espiritualidade. Se nossas bases não forem muito sólidas, sem bons alicerces não conseguiremos viver esta incondicionalidade de forma plena. Para ficar mais claro minha ideia quero utilizar uma ilustração.
Durante a II Guerra Mundial houve um soldado e socorrista do Exército Americano chamado Desmond Doss, viveu este amor ágape.
Este soldado foi designado para uma companhia de atiradores durante a Batalha de Okinawa, e foi o primeiro e único "objetor de consciência" (seguidor de princípios religiosos, morais ou éticos de sua consciência, incompatíveis com o serviço militar) a receber a Medalha de Honra na guerra.
Ele decidiu servir na guerra como socorrista e não quis aprender e utilizar armamento. Em uma única batalha, desarmado e sozinho, salvou cerca de 85 soldados. Veja o filme “Até o último Homem” dirigido por Mel Gibson, disponível na Netflix.
O que faz um soldado ter uma determinação tão grande, correndo perigo de morte, para salvar quase uma centena de pessoas?
Outro exemplo que vou abordar mais profundamente no futuro é sobre a vida de Jesus. Ele teve tanta convicção em sua missão que morreu crucificado.
Este é o mesmo amor e a mesma essência, é um amor ágape, mais profundo, mais vibrante, mais determinado, que “é paciente, é bondoso, não inveja, não se vangloria, não se orgulha. não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, se alegra com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”
Como Jesus mesmo nos ensinou e falaremos mais para frente: "Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros”
Este amor – ágape – foi vívido pelo Desmond, pelo Apóstolo Paulo e por Jesus. Que possamos aprender com eles e viver e expressar este amor incondicional.
Vamos seguindo nesta jornada.
Semana que vem tem mais
Joni Mengaldo
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