— DikaJob (@DIKAJOB) September 21, 2022
A indústria farmacêutica encontrou na pandemia uma oportunidade de impulsionar a reputação manchada nos anos anteriores – resta saber se o efeito será duradouro
Época Negócios
Em meio à atual recessão americana, as ações de empresas farmacêuticas têm sido uma espécie de refúgio para investidores. Os resultados financeiros mais recentes, divulgados em julho pelas maiores companhias do setor, como Pfizer e Merck, superam as expectativas do mercado. Apenas no último trimestre, as vendas da Pfizer com a vacina contra a covid-19 e o antivarl Paxlovid chegaram a 17 bilhões. As receitas totais entre abril e junho deste ano somaram US$ 27,7 bilhões - 47% a mais em relação ao registrado no mesmo período do ano passado.
As ações da Merck cresceram acima de 10% neste ano. Enquanto isso, o índice que reúne as 500 maiores companhias da Standard & Poors registrou uma queda na mesma proporção.
O dinamismo em torno das vacinas e dos medicamentos para lidar com a covid-19, além dos novos caminhos à frente, com novas tecnologias como o RNS mensageiro, trouxeram otimismo a investidores. E também melhoraram o humor de consumidores em relação à indústria. Por muitas décadas as farmacêuticas penaram a má reputação de trazer poucas inovações e cobrar demais por produtos cada vez menos acessíveis. A percepção está ancorada em fatos. Para cada US$ 1 bilhão gastos com pesquisa e desenvolvimento, o número de novos medicamentos lançados pelas maiores empresas do setor caiu desde 2010, de 10% para 3,7%. A OCDE chegou a divulgar um relatório no qual reconhecia a necessidade de haver um novo baanço de negociação entre preços com a indústria farmacêutica, em 2017.
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