Estadão Conteúdo
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) decidiu acionar o laboratório Novartis, principal fornecedor de medicamentos utilizados para a hanseníase no País, e pedir explicações sobre o desabastecimento de drogas usadas no tratamento da doença no Brasil.
Em nota, a SBD esclarece que o problema começou há três meses, quando serviços que atendem pacientes com essa doença passaram a relatar a falta do medicamento. Dessa forma, terapias que estavam em andamento e que precisavam ter continuidade estão sendo interrompidas e casos novos diagnosticados não estão começando o tratamento. A hanseníase é tratada de graça dentro da rede pública com conjunto de medicamentos com custo muito baixo de produção.
No ano passado, em uma reunião pública realizada pela Coordenadoria Geral de Doenças em Eliminação (CGDE) do Ministério da Saúde, foi feito o alerta de que haveria redução dos estoques dos medicamentos, motivada por dificuldades de logística de transporte das drogas e falta de insumos básicos para sua produção em nível global. Os remédios para a hanseníase são fabricados na Índia. Apesar dessas justificativas, ressalta a SBD, não há relatos de situações semelhantes na maioria dos países.
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