MERCADO

por Carla Taíssa

Riomafra

O Brasil é um dos países com maior número de casos de automedicação, mais de 90% da população já foi a uma farmácia sem procurar um médico. “Os riscos para a saúde são muitos. Para exemplificar a gravidade da questão, os medicamentos são o principal agente causador de intoxicação em seres humanos no Brasil desde 1994”, alerta a farmacêutica Camila Estica. 

Ainda segundo Camila, o maior erro é a quantidade de medicamento que se pode tomar ao dia, a maioria dos medicamentos tem dosagens que podem ser fatais e muitas pessoas não sabem.  Além do óbito, a superdose pode danificar o fígado, o rim ou causar reações alérgicas. No caso de antibióticos a superdosagem é nociva pela resistência bacteriana, ou seja, pode se chegar a um momento onde os antibióticos não serão mais eficazes e a população pode ser afetada por várias doenças. 

https://www.riomaframix.com.br/wp-content/uploads/2019/01/Camila-150x113.jpeg 150w, https://www.riomaframix.com.br/wp-content/uploads/2019/01/Camila-350x263.jpeg 350w" sizes="(max-width: 700px) 100vw, 700px" />Camila Estica

Outro cuidado deve ser tomado com chás e pílulas para emagrecimento. Em excesso eles podem causar diurese (grande produção de urina) e com isso o corpo perde elementos importantes como sais minerais. Já no caso de remédios para emagrecimento, o perigo está em tomar chás caseiros com receitas não comprovadas cientificamente. Algumas ervas podem ser tóxicas e causar vômito, diarreia, ou dificultar o funcionamento do fígado. 

“Para complexos vitamínicos não há risco, pois os medicamentos já vêm com uma quantidade ideal para uso diário e o seu excesso será eliminado pelo corpo, mas nos casos de fitoterápicos a dica é sempre respeitar a quantidade indicada na bula ou embalagem. Não tomar mais comprimidos do que o necessário para um efeito mais rápido. Além de ser falso, não irá fazer efeito mais rápido, pode ser nocivo ao corpo”, diz a farmacêutica. 

Em todo os casos, a melhor recomendação é sempre procurar um médico e nunca comprar remédio sem recomendação profissional. “Tomar medicamento errado pode, inclusive, mascarar sintomas da real doença ou causar danos para nossa saúde”, finaliza.