A farmacêutica suíça disse na terça-feira que está em busca de parceiros biotecnológicos adicionais para ajudá-la a desafiar as líderes em perda de peso Novo Nordisk A/S e Eli Lilly & Co. © Keystone / Georgios Kefalas
A Roche Holding AG ainda não terminou de se movimentar no mercado da obesidade após o acordo do mês passado para comprar a Carmot Therapeutics Inc. por até US$ 3,1 bilhões (CHF 2,64 bilhões).
A farmacêutica suíça disse na terça-feira que está em busca de outros parceiros biotecnológicos para ajudá-la a desafiar as líderes em perda de peso Novo Nordisk A/S e Eli Lilly & Co. A Roche está procurando novas formas de ajustar o metabolismo que poderiam ser combinadas com os tratamentos que está adquirindo no acordo com a Carmot.
"Isso está abrindo uma perspectiva totalmente nova para nós", disse James Sabry, chefe de parcerias da Roche, em uma entrevista à margem da JPMorgan Healthcare Conference, em São Francisco.
A Carmot foi uma em uma enxurrada de negócios recentes que a Roche fez para reforçar seu pipeline. A empresa também está interessada em oncologia, neurologia e oftalmologia, bem como em medicina cardiovascular, disse Sabry.
Embora muitas empresas estejam tentando entrar no mercado de perda de peso, Sabry disse que a Roche é um dos poucos pretendentes com o tamanho e o alcance global para realizar os grandes e caros testes necessários para levar novos medicamentos ao mercado. A comercialização de medicamentos para obesidade também é mais complicada do que em outras áreas, como o câncer, porque os fabricantes de medicamentos precisam lidar com médicos de cuidados primários em vez de alguns centros de tratamento especializados, disse ele.
"Quando estamos tentando fechar um negócio, encontramos mais concorrentes na oncologia", disse ele. "Seria de se esperar que todos estivessem competindo com você por medicamentos para o metabolismo, mas não é assim."
A Roche foi uma das primeiras empresas farmacêuticas a trabalhar em um medicamento experimental da classe GLP-1, uma categoria que inclui o Wegovy da Novo e o Zepbound da Lilly. Mas interrompeu o desenvolvimento há mais de uma década, depois que os pacientes abandonaram um estudo devido a efeitos colaterais como náusea.
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