Proposta criticada por farmacêuticas deve ser votada no CNDI, órgão vinculado à Presidência da República, nesta quinta-feira (6/7)
Grandes farmacêuticas criticaram nesta quarta-feira (5/7) uma proposta do governo para a criação do Complexo Econômico Industrial da Saúde. A resolução com a proposta deve ser votada no Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) na quinta-feira (6/7).
O CNDI é um órgão vinculado à Presidência da República, que prepara uma nova política industrial nacional. O colegiado é composto por ministérios, BNDES e sociedade civil.
A resolução que irá a voto amanhã trata de tecnologias de saúde. O texto restringe os objetivos desse setor em três áreas: enfrentamento de emergências futuras em saúde pública; doenças endêmicas e negligenciadas; e doenças e agravos com maior impacto para o Sistema Único de Saúde (SUS).
A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), que representa 43 laboratórios, metade do mercado nacional, enviou à coluna uma nota em que avalia que os objetivos não contemplam todas as necessidades dos pacientes brasileiros.
“A ciência evolui de acordo com a formação dos nossos cientistas. É preciso deixá-los livres. Quanto mais limitação houver, menos investimento é trazido para o Brasil. É por isso que hoje perdemos em pesquisa clínica para todos os países da América Latina. Só em pesquisa clínica temos a capacidade de trazer US$ 6,6 bilhões ao Brasil”, aponta Renato Porto, presidente da Interfarma.
Comentários