Farmacêuticas focam no câncer e deixam diabetes em segundo plano

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Imagem: Pixabay

por James Paton

Bloomberg

Enquanto a Sanofi e outras grandes empresas farmacêuticas correm atrás de tratamentos de ponta que induzem o sistema imunológico a combater o câncer ou da possível cura de falhas no DNA, o diabetes está caindo na lista de prioridades.

A Sanofi está seguindo o exemplo de concorrentes como a GlaxoSmithKline, que modificaram a abordagem para encontrar novos medicamentos de sucesso, entrando rapidamente no lucrativo campo da oncologia e eliminando programas menos promissores. A farmacêutica francesa afirmou na quinta-feira que está acelerando 17 programas -- quase metade deles no campo de combate ao câncer -- e abandonando mais de uma dúzia que estavam em desenvolvimento, incluindo dois voltados ao diabetes. A empresa também planeja se expandir no ramo de terapias genéticas, disse o novo chefe de pesquisa da farmacêutica, John Reed, em entrevista.

A Sanofi está se concentrando em projetos "para os quais a confiança nas metas é elevada, o caminho de desenvolvimento é claro e curto, as autoridades reguladoras aceleraram os trajetos e os pagadores continuam colaborativos", disse Reed, que saiu da Roche Holding, com sede em Paris, no ano passado.

A farmacêutica está modificando suas prioridades de pesquisa porque os medicamentos para diabetes -- uma das condições de saúde mais comuns e graves do mundo -- enfrentam forte concorrência, pressão de preços e escrutínio de parlamentares dos EUA. Ao mesmo tempo, a Sanofi e outras empresas farmacêuticas internacionais, como Novartis e Glaxo, estão apostando em medicamentos inovadores que poderiam causar impacto profundo nos pacientes -- e nos lucros.

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As terapias genéticas com potencial de curar doenças que ameaçam a vida são uma área importante. A Sanofi usará como base uma série de ativos em estágio inicial que mantém internamente, aproveitará o conhecimento de manufatura no negócio de vacinas e buscará oportunidades de parceria ou aquisição para se expandir nesse campo, disse Reed.
Desafio do diabetes

"Vemos uma oportunidade de ampliar nosso compromisso com esse espaço e tomamos decisões internamente para destinar mais recursos para isso", disse. "Estamos avaliando fazer parte disso organicamente e, em parte, por meio de colaboração."

Entre os medicamentos experimentais priorizados na empresa estão tratamentos contra leucemia, mieloma múltiplo, câncer de mama, mal de Parkinson e hemofilia. Entre os projetos suspensos estão alguns tratamentos contra obesidade, doenças cardíacas e a forma mais comum de diabetes.

A Sanofi continuará trabalhando nos campos do diabetes e das doenças cardíacas, mas planeja ser "mais focada e seletiva", disse Reed. Os projetos cancelados ressaltam o desafio de encontrar novos remédios atraentes nessas áreas e o investimento de tempo e dinheiro necessário para provar que eles funcionam, disse.

Até mesmo a maior fabricante mundial de medicamentos para o diabetes, a Novo Nordisk, está entrando em novos territórios, como o combate à obesidade e a doenças hepáticas, e acelerou os esforços para desenvolver terapias baseadas em células-tronco para uma série de doenças, incluindo o mal de Parkinson. A empresa dinamarquesa continua lançando produtos para o diabetes, mas encontra mais dificuldades para conseguir mudanças revolucionárias.

--Com a colaboração de Marthe Fourcade.

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