Farmacêuticas querem parceria para expansão

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Gerado com IA

O setor farmacêutico brasileiro está vivenciando um momento de transformação significativa. Grandes grupos farmacêuticos nacionais, tradicionalmente controlados por conglomerados familiares, estão buscando parceiros estratégicos para financiar suas estratégias de expansão e aceleração de crescimento. Este movimento é uma clara indicação de que o mercado farmacêutico no Brasil está se preparando para uma nova fase de consolidação e inovação. Informou o Valor Econômico.

A busca por parceiros para financiar a expansão não é um fenômeno isolado, mas parte de uma tendência mais ampla de planejamento sucessório e profissionalização da gestão. Empresas como a Cimed, que recentemente contratou o J.P. Morgan para assessorar a venda de uma participação minoritária de 10% a 15%, exemplificam essa tendência. A Cimed, conhecida por seus hidratantes labiais Carmed e liderada pelo empresário João Adibe, é apenas uma das muitas empresas farmacêuticas que estão explorando opções para alavancar o crescimento e garantir a sustentabilidade a longo prazo.

A União Química, outra gigante do setor e comandada pelo empresário Fernando de Castro Marques, também está aberta à possibilidade de trazer um sócio para o negócio. Embora a empresa tenha considerado uma oferta pública inicial de ações (IPO), as condições atuais do mercado de capitais não são favoráveis, o que leva a alternativas como a busca por investidores privados.

O "boom" dos genéricos, que impulsionou a consolidação do mercado entre 2009 e 2010, agora dá lugar a uma nova fase de estratégias de diversificação. As farmacêuticas brasileiras estão mais abertas a negociar fatias para se capitalizar diante de uma maior alavancagem e pressão no segmento hospitalar, exacerbada pela crise no setor de saúde. Além disso, há um desejo crescente de diversificar os negócios para não ficar tão dependentes do mercado de genéricos, onde a concorrência é intensa.

Um dos segmentos que tem atraído o interesse das farmacêuticas é o de beleza e cosméticos, considerado menos "comoditizado" em comparação aos genéricos. A recente venda de 50% da Farmax, uma fabricante de cosméticos e itens de cuidados pessoais, para os fundos Vydia e Lazuli Partners, é um exemplo de como as empresas farmacêuticas estão buscando aumentar sua penetração no varejo farmacêutico e diversificar seu portfólio com itens de beleza.

No entanto, um dos principais desafios enfrentados por essas empresas é a definição de preço, que muitas vezes trava os negócios. A Eurofarma, por exemplo, enfrentou dificuldades na negociação de uma fatia minoritária com o fundo de pensão canadense CPP devido a discrepâncias no valor de mercado da companhia.

Este cenário reflete a complexidade e o dinamismo do mercado farmacêutico brasileiro. As empresas estão buscando se adaptar a um ambiente cada vez mais competitivo e globalizado, onde a inovação e a capacidade de se reinventar são cruciais para o sucesso. A entrada de novos parceiros pode trazer não apenas o capital necessário para a expansão, mas também novas perspectivas e expertise para navegar neste mercado em constante evolução.

Para mais informações sobre as últimas tendências e movimentações no setor farmacêutico brasileiro, acompanhe as atualizações e análises no Jornal Valor Econômico e na ABRAFARMA.

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