Até 10% das internações em hospitais ocorrem em consequência de condições resultantes do uso de medicamentos. No ambiente hospitalar, a atividade do farmacêutico clínico pode melhorar a efetividade e a segurança por meio de intervenções farmacoterapêuticas, minimizando problemas relacionados a medicamentos e reduzindo custos associados ao cuidado em saúde. É o que aponta artigo publicado na revista científica Plos One por pesquisadores do Centro de Pesquisa em Assistência Farmacêutica e Farmácia Clínica (CPAFF) da USP. O centro mantém um serviço de farmácia clínica na unidade de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP.
O serviço, que conta com a atuação do farmacêutico João Paulo Vilela Rodrigues e a chefia do professor Leonardo Régis Leira Pereira, abriga um dos espaços de estágio dos alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) e também de pesquisa. O artigo Analysis of clinical interventions in the neurology unit of a Brazilian tertiary teaching hospital mostra os resultados deste trabalho.
O estudo abrangeu 409 pacientes acompanhados no período de julho de 2012 a junho de 2015. Destes pacientes, 54,3% tiveram pelo menos um problema relacionado ao medicamento durante a internação, cuja descrição mais frequente foi condições não tratadas. Das 516 intervenções do farmacêutico clínico, 82,8% foram aceitas, sendo que 27,5% eram para acrescentar um medicamento.
Para os autores, este estudo reforça a importância do farmacêutico clínico na promoção do uso apropriado de medicamentos, dessa forma evitando resultados negativos associados aos medicamentos.
O artigo Analysis of clinical pharmacist interventions in the neurology unit of a Brazilian tertiary teaching hospital está disponível no site da PLoS One.
Fonte: UOL
Comentários