640x480-01baf7355d104b87d452dae6a3664639.jpg?profile=RESIZE_710xDifícil de decifrar, foto de receita foi parar no canal de denúncia do CRF-MS (Fotos: CRF-MS/Divulgação)

Em MS, lei manda prescrição ser impressa, mas problema persiste; na sexta-feira, CRF-MS realiza fórum para discutir o assunto


Anahi Zurutuza

Campograndenews

Em Mato Grosso do Sul, lei exige que receitas médicas sejam impressas. A regra tem 11 anos, mas ainda não teve efeito 100% prático no Estado e é justamente no papel que farmacêuticos encontram dificuldade. Para não deixar o paciente na mão, alguns profissionais de farmácias recorrem até a grupos de WhatsApp para decifrar as letras dos médicos.

“Durante cinco anos atuei em postos de saúde e a maioria das prescrições é manualmente. Muitas vezes a gente não consegue ler. Se o médico é da mesma unidade, a gente vai atrás, aí até consegue resolver mais rápido”, relata o farmacêutico Amador Alves Bonifácio Neto.

O profissional conta que ele e os colegas criaram um grupo de WhatsApp para recorrerem a uma “junta de farmacêuticos” que ajudam a decifrar a receita. A regra da profissão é não vender ou entregar medicamentos ao paciente em caso de dúvida. “A gente tem de pedir para o paciente voltar ao médico e isso atrasa o início do tratamento”.

Amador Neto hoje atua no HU (Hospital Universitário) e não enfrente mais o problema. “Aqui é tudo informatizado”.

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Neste caso, farmacêutico até conseguiu entender o nome de um dos remédios e anotou que estava em falta, mas o resto...

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Para tentar entender "garranchos", farmacêuticos da rede municipal de saúde montaram até grupo de WhatsApp

Canal de denúncia - Desde abril, o CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul) tem disponível no site plataforma para receber denúncias sobre prescrições inelegíveis. Farmacêuticos, atendentes de farmácias e pacientes podem encaminhar a reclamação com foto e o anonimato é garantido.

“Periodicamente, a cada 15 ou 30 dias, dependendo da demanda, a gente analisa os casos e encaminha a denúncia para o órgão que fiscaliza a atuação do profissional, CRM (Conselho Regional de Medicina) ou CRO (Conselho Regional de Odontologia), por exemplo”, explica Adam Adami, assessor técnico do CRF-MS.

“A gente também seleciona, aquelas realmente incompreensíveis, garranchos mesmo. Estamos encaminhando a primeira remessa para o CRM com 15 receitas de 13 médicos agora. Tem casos da rede pública e privada. São casos de Campo Grande, Maracaju e Dourados”, completa Adami.

Para fazer a denúncia, basta clicar no link.

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