Compras em farmácias online podem render até 97% de desconto em remédios Até a década de 1970, o costume de ir à farmácia do bairro para não só comprar este ou aquele xarope específico, mas também para uma “consulta” com o farmacêutico, fazia as vezes de médico da família, existindo aí uma relação de proximidade com seus clientes.
Contudo, as sucessivas crises econômicas que assolaram o País no decorrer das décadas seguintes, começou a demandar uma gestão mais eficiente do negócio, fazendo com que as vendas “no ado” praticamente desaparecessem para dar lugar a um modelo mais profissional de gestão de fluxo de caixa, estoques, etc.
O retorno da estabilidade econômica, já pelos anos de 1994, deu ânimo aos empreendedores e o número de farmácias no Brasil começou a crescer. Segundo o site Clinicarx, a composição da estrutura das farmácias no Brasil atualmente é: 56,2% de farmácias de grandes redes, 14,6% de franquias e associativas e 29,2% das independentes, ou seja, os estabelecimentos “sem bandeira” correspondem à 2/3 do total. Num País onde o aumento da expectativa de vida da população chega a 76 anos – maior média da história, segundo dados de 2018 do IBGE, a equação envelhecimento x sistema de público de saúde é difícil de solucionar, sendo que por volta de 2060, a população com mais de 60 anos dobrará e atingirá 32,1% dos habitantes segundo essa mesma pesquisa.
Dentro desse cenário, o que é mais conveniente para o consumidor: comprar diretamente em grandes redes, que oferecem cartões de fidelização, promovem campanhas publicitárias com esportistas famosos, etc., e cujo custo, obviamente estará embutido no preço nal, ou a compra em lojas independentes que têm que se alijar de toda a parafernália de marketing e tentar melhorar cada vez mais atributos como proximidade e facilidade de acesso, amabilidade e profissionalismo dos atendentes, prestação de serviços pela farmácia, disponibilidade do produto e por último, preço?
Mais caros
Com a agitação do dia a dia e a proliferação massiva das grandes redes nos últimos anos – podemos dizer que principalmente Outro “concorrente” é também o comércio online, embora, segundo dados da Clinicarx, somente 1,2% das compras são feitas fora das lojas físicas, muito provavelmente pela cultura ainda insipiente de fazer compra de medicamentos através da internet, uma vez que existem aqueles casos que é necessária a retenção da receita pelo estabelecimento para efeitos de fiscalização. Contudo, essa forma de compra já foi regulamentada, e sites como o Netfarma realizam a venda dos produtos que devem ter a receita retida através da análise da receita, via celular, por um farmacêutico profissional. Vale lembrar que a expectativa de vida é algo muito presente atualmente e que enquanto existirem essas vidas para serem cuidadas, o business farmácia crescerá na mesma proporção. A questão central é repensar o relacionamento com os clientes, aliando a tecnologia, que sempre será importante, a itens como serviços farmacêuticos – controle de diabetes e colesterol, aconselhamento do profissional farmacêutico, etc. E nos locais mais distantes, longe dos grandes centros, sua presença é fundamental não somente em termos de preço, mas pelo papel quase que social que presta a uma determinada comunidade.
Fonte: Jornal Liberal
Comentários