Farmácias de todo o país podem se credenciar para aplicar vacinas
Conforme Jonathan, farmacêuticos têm participado de treinamentos para seguir a regulação de forma correta - Flávio Tin/ND
Estabelecimentos precisam cumprir série de exigências, como obedecer regras de qualidade e segurança e ter profissional legalmente habilitado
Em Florianópolis, uma loja da rede Panvel, no bairro Coqueiros, oferece o serviço desde o ano passado. Conforme o farmacêutico Jonathan Luis de Augustinho, 27 anos, um grupo de profissionais da rede tem se reunido e se especializado para poder oferecer a vacina, já que existe requisitos a seguir. “No ano passado a vacina mais procurada foi a da gripe, já que os postos lotam pela procura. Estamos procurando informações e participando de treinamentos para seguir a regulação de forma correta, para aos poucos oferecer cada vez mais o serviço em nossa rede”, diz.
style="display:block" data-ad-format="autorelaxed" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="7514086806">Segundo Vanessa Vieira da Silva, gerente de Imunização da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), desde 2014 a lei estadual 16.473 autorizava as farmácias a fazer as aplicações de vacina, porém só em julho de 2016, através da portaria 556, regulamentou o serviço. Santa Catarina foi o primeiro Estado a regulamentar a lei. A portaria 556 estabelece normas técnicas para o credenciamento, licenciamento e funcionamento de salas de vacinação em farmácias e drogaria de Santa Catarina.
Conforme Vanessa, os requisitos para que uma farmácia possa aplicar vacinas são bem minuciosos, a fim de garantir a segurança do paciente e qualidade dos imunobiológicos aplicados. "Essa portaria serve para salas de vacinação pública ou privada. O imunobiológico é muito sensível à luz, temperaturas e outros fatores, por isso o cuidado tem que ser extremo", explica.
Exigências restringem serviço
Lilia Maria Bastos Waltortt Assunção, responsável pelo setor de medicamentos da Vigilância Sanitária de Florianópolis, explica que as regras são tão exigentes em Florianópolis que há apenas duas farmácias aptas a oferecer a vacinação – Panvel de Coqueiros e Droga Raia do Centro. "São várias as exigências, entre elas que o paciente só possa fazer a vacina com prescrição médica. Há também exigências de uma sala exclusiva para esse serviço e de armazenamento. No ano passado, tivemos algumas denúncias de que farmácias daqui estariam aplicando vacinas sem o credenciamento. A Vigilância fiscaliza, atende as denúncias e inspeciona quando necessário. Essas foram autuadas", diz.
Aprovação e processo de adaptação
Quem aprovou a ideia foi a professora aposentada Márcia Aparecida Nunes, 46 anos. Ela diz que anualmente recebe a vacina da gripe, e agora não precisará enfrentar filas. “É sempre bom ter mais uma opção de local que oferece vacinação. Eu nem sabia que já havia farmácias aplicando vacinas. Creio que com isso a forma de prevenção se torna mais popular e acessível à população”, afirma.
Para a gerente da farmácia São João, no Centro, Cristiane Aparecida Castelli, 38, a proposta ainda está muito longe da realidade da maioria das farmácias, já que são muitas exigências. "Existe um processo trabalhoso de adaptação de espaço e profissionais para oferecer o serviço. É um investimento de alto custo. Como é algo recente ainda, as empresas estão avaliando a possibilidade. Mas creio que ainda seja algo muito distante da realidade da maioria", diz.
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