Farmácias: pandemia acelera digitalização do setor

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Corrida por digitalização faz com que vendas por lojas online já representem mais de 28% do total para o varejo farmacêutico

Terra

O isolamento gerado pela pandemia do novo Coronavírus impôs expressivas mudanças ao varejo farmacêutico. Antes dominado pelas vendas físicas, o segmento experimentou a necessidade de se adaptar aos meios digitais e entregas à distância para não sofrer grandes impactos. Prova disso é a redução em vendas físicas de farmácias: em abril, a queda foi de 14% de acordo com levantamento da Linx, empresa líder e especialista em tecnologia para o varejo.

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Sem as tradicionais vendas na loja sustentando o negócio, o setor se viu obrigado a fazer uma transição rápida, assim como outros setores do varejo, para sobreviver em meio ao isolamento social e insegurança da população. "Apesar de estarmos acostumados com farmácias menores fazendo entregas por WhatsApp, a operacionalização da venda ainda era física, sem integração de sistemas e o e-commerce não era maioria, nem mesmo foco, do setor farmacêutico", explica Rodrigo Vieira, diretor do segmento de farmácias da Linx. Já apontando os efeitos da rápida digitalização do setor, dado IQVIA também mostra que mais de 1/4 (28%) das vendas totais das farmácias do primeiro semestre de 2020 foram por lojas online.


Para evitar o prolongamento da crise e queda nas vendas, os negócios de medicamentos precisaram migrar rapidamente para o ambiente online. As pequenas e médias farmácias começaram a correr contra o relógio para manter seu lugar no mercado e se aproveitaram de soluções rápidas para montar lojas online interligadas aos principais marketplaces e com catálogos pré-definidos - economizando tempo de registro de produtos -, desenvolver aplicativos com interface intuitiva e disponibilizar estrutura para pagamentos à distância. Observando alta expressiva na transição de farmácias para o ambiente online, a Linx anunciou parceria em abril com a B2W para integrar lojas virtuais dos clientes aos principais marketplaces, como Americanas, Submarino e Shoptime.

O investimento em digitalização não será perdido após a pandemia. Vieira pontua que a porcentagem de vendas digitais girava em torno de 5% a 6% em todos os setores do mercado antes do isolamento social, mas deve chegar aos 10% ainda esse ano por consequência da rápida mudança na dinâmica do mercado e mentalidade do cliente. O novo modelo valerá também para o varejo farmacêutico, com as vendas online trazendo comodidade aos consumidores, que cada vez mais buscam formas rápidas e otimizadas para comprar. "Unindo serviços simples e rápidos com um sistema seguro, as farmácias que se digitalizarem nesse momento de pandemia e encararem o e-commerce como parte fundamental do negócio deverão ter vantagem no mundo pós pandemia", finaliza.

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