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por Ana Viriato e Pedro Grigori

Correio Braziliense 

Candidato ao Senado pelo Solidariedade, Fernando Marques classificou-se como alguém que busca facilitar a vida do micro, pequeno e médio empresário, em entrevista ao Correio ontem (19/09). Proprietário da União Química, uma das principais empresas farmacêuticas do Brasil, ele declarou R$ 667 milhões em bens à Justiça Eleitoral: é o candidato mais rico de todo país.
Marques assegurou ser favorável a um “reajuste na Previdência”. Para ele, há pessoas com benefícios acima do que deveriam, enquanto parte da população recebe pouco. “É muito importante que seja discutida (a reforma da Previdência) na Câmara e no Senado. Não o Executivo mandar para que o Congresso aprove. É algo que precisa ser altamente debatido e executado”, pontuou.
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O candidato completou dizendo que o Brasil não pode deixar a Previdência virar “um monstro que inviabilize o país”. “Precisa chegar ao equilíbrio. Alguns poucos vão ter de fazer um sacrifício para favorecer muitos outros e melhorar o Brasil.”
O empresário mostrou-se também favorável à privatização do setor elétrico. Citando a crise enfrentada devido às alterações climáticas, o candidato Fernando Marques afirmou que é necessário que a Eletrobras passe por uma modernização. “Precisa ser pensado investimento na área, e acho que o Estado e a situação da nação não nos permite fazer isso. Então, temos de abrir para companhias internacionais e nacionais explorarem essa área”.
Marques tem uma base forte de evangélicos na chapa, encabeçada pelo candidato ao GDF Rogério Rosso (PSD). O empresário classifica-se como defensor da família e da vida e garante ser contrário à descriminalização do aborto. “Sou a favor de que a lei atual seja cumprida. Aborto só em casos excepcionais, como previsto na legislação”, diz o concorrente ao Senado. Para ele, é necessário investimento do governo em prevenção para impedir casos de gravidez na adolescência. Marques defende que os postos de saúde ofereçam anticoncepcionais injetáveis e que é necessário investir orientação nas escolas, “mas não por meio daquelas cartilhas de ideologia de gênero”.
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