O diretor-global da Garnier, Adrien Koskas
Giulianna Iodice
Forbes
Desde 2013, a Garnier, marca mais que centenária pertencente ao Grupo L’Oreal, vem investindo em medidas para se tornar ecologicamente correta. Na última semana, em evento global para a imprensa, a francesa reafirmou o seu compromisso com a sustentabilidade em todas as etapas da cadeia de produção, sob o mote Green Beauty (campanha lançada em 2019), e apresentou metas ambiciosas a serem cumpridas até 2025.
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Diretamente de Paris, Adrien Koskas, diretor-global da marca, concedeu entrevista exclusiva à Forbes: “Quando você quer falar de sustentabilidade, tem que entender que vai impactar em tudo que você faz. Não é só o plástico, a embalagem ou o produto. É uma cadeia de valor que tem que ser totalmente estudada para gerar menos impacto no planeta. A gente realmente aprendeu com o tempo. E hoje conseguimos ter uma atitude mais holística”.
As metas, divididas em cinco pilares, são: mais parcerias com comunidades locais no fornecimento de ingredientes (atualmente são 673 e o objetivo é chegar a 800); criação de mais fórmulas de produtos de beleza biodegradáveis –em 2019, 91% dos produtos já se enquadravam no quesito; utilização de 100% de plástico reciclado nas embalagens e também torná-las totalmente recicláveis, reutilizáveis ou recarregáveis; transformação de todas as fábricas em neutras em emissão de carbono e fazer mais parcerias com ONGs que visam combater o impacto do plástico no meio ambiente –os parceiros atuais são a Ocean Conservancy e a Plastics for Change.
Além das mudanças prometidas, a Garnier também está focando na educação dos consumidores. “Alguns anos atrás, começamos a explicar a fórmula dos produtos nos rótulos. Agora, estamos expondo o impacto no meio ambiente, principalmente sobre o uso de água e emissão de carbono, para assim as pessoas decidirem o que querem consumir”, explica Koskas. “Cada um tem que entender o impacto de suas ações e repensar aspectos simples como o tempo do banho e reciclagem.”
Quando questionado sobre a principal estratégia para tornar uma marca sustentável para as massas, o diretor-global apontou a transparência como valor fundamental para garantir a credibilidade do público. Outro desafio é manter a prática de preços acessíveis ao alterar os processos. “É um desafio fazer toda a inovação acessível. A gente olha para tudo, para o custo da fórmula, o custo dos ingredientes. Por exemplo, quando usa menos plástico ou um mais leve, é mais barato, já o reciclável, é mais caro. Trata-se de uma equação, mas é uma missão que adoramos executar”, conclui.
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