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Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay

 

Quanto mais opções no mercado, maiores as chances de redução

 

Por CFF

 

Um estudo recente realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) analisou os efeitos da entrada de medicamentos genéricos no mercado sobre os preços dos remédios. Os resultados mostram que, quanto maior a oferta de genéricos disponíveis, mais significativa é a queda nos preços, que pode ultrapassar 50%.

Os medicamentos genéricos podem ser produzidos após a quebra da patente do chamado "medicamento de referência", o que geralmente ocorre 20 anos após o lançamento do produto original, ou antes, em casos específicos. Esses produtos possuem a mesma substância ativa, dosagem, forma farmacêutica e indicação terapêutica que os medicamentos de referência.

Os detalhes da pesquisa foram divulgados no site do Ipea nesta segunda-feira (10), data que marca os 26 anos da Lei Federal 9.787/1999, que regulamentou a produção e comercialização de genéricos no Brasil. De acordo com o estudo, a entrada do primeiro genérico no mercado provoca uma redução média de 20,8% nos preços mínimos. Com a chegada do terceiro genérico, a economia chega a 55,2%.

A pesquisa também foi publicada no livro Tecnologias e Preços no Mercado de Medicamentos, lançado pelo Ipea em novembro do ano passado. O capítulo 8, intitulado Efeitos da entrada de genéricos no mercado sobre o preço dos medicamentos, foi escrito pelo pesquisador Romero Cavalcanti Barreto da Rocha e está disponível gratuitamente em formato digital.

Os resultados indicam que mercados altamente concentrados, onde há menos concorrência, são os mais impactados pela entrada de genéricos. Nesses casos, os preços médios caem cerca de 34%. Além disso, o momento em que os genéricos são lançados também influencia nos resultados. Quando a entrada ocorre logo após a quebra da patente do medicamento de referência, a redução de preços é mais expressiva. Atrasos no lançamento podem diminuir o efeito positivo sobre os preços.

O estudo também destaca que o consumo de genéricos já se consolidou como um hábito entre os brasileiros. Atualmente, esses produtos representam 34% do valor total das vendas de medicamentos no país. Entre 2003 e 2019, o crescimento anual na comercialização de genéricos foi de 18,3%, um ritmo três vezes maior do que o observado para outros tipos de medicamentos.

 

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