Google vai investir R$ 8,5 milhões em educação no Brasil

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Projetos são patrocinados pelo braço filantrópico da empresa

Por LUDMILA PIZARRO
O Tempo

São Paulo. Educar crianças para tirar proveito das informações disponíveis na internet e ensinar a distinguir uma notícia real de fake news são alguns dos objetivos do Educamídia, um programa de educação midiática para crianças e jovens que será executado pelo Instituto Palavra Aberta com patrocínio de R$ 4 milhões do Google.org, o braço filantrópico da empresa. Outra iniciativa é dirigida à educação profissionalizante. O Google.org vai oferecer 2.000 bolsas, no valor total de R$ 4,5 milhões, para o curso de suporte em tecnologia da informação (TI) desenvolvido pelo buscador e hospedado na plataforma global Coursera. O curso de suporte em TI é ofertado pelo programa Cresça com o Google. Tem um custo de US$ 39, cerca de R$ 150, por mês, e dura cerca de oito meses.

O público alvo do Educamídia são professores do ensino fundamental. “Queremos desenvolver o potencial de comunicação dos jovens em diversos meios, fomentando habilidades de interpretação crítica”, afirma a presidente do Palavra Aberta, Patrícia Blanco. “A educação midiática deve ser uma conquista almejada por toda a sociedade”, diz a gerente de políticas públicas do Google Brasil, Juliana Nolasco. Um curso a distância de 30 horas para educadores está disponível no site. Entre os princípios do programa estão análise crítica da mídia, fluência digital e cidadania digital.

Já as bolsas do curso online de suporte em TI serão distribuídas pela Junior Achievement (JA) Brasil, uma organização social que atua em vários países e está presente nos 26 Estados e no Distrito Federal. Além do curso, os selecionados pela JA receberão outras capacitações. “Não é necessário experiência prévia para participar do curso”, explica a diretora de marketing do Google do Brasil, Susana Ayarza. Os público prioritários para o recebimento das bolsas serão jovens, pessoas desempregadas, mulheres e pessoas negras.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a procura por profissionais para o setor chegará a 420 mil até 2024. Um estudo do Hays Journal aponta que, nos próximos dez anos, mais de 90% das vagas no mundo terão como requisito básico o conhecimento digital. As novidades foram divulgadas na quinta-feira no Google for Brasil, em São Paulo.

Desafio vai produzir games de garotas

Quase 60% dos gamers brasileiros são mulheres, segundo a Pesquisa Game Brasil (PGB) de 2018. “Mesmo assim, entre dez candidatos a um emprego na área de tecnologia, apenas um é mulher”, afirma a diretora de marketing do Google Brasil, Susana Ayarza. Para incentivar a produção de jogos eletrônicos por mulheres, o Google lançou o Desafio Change the Game, que está com as inscrições abertas até 30 de setembro para mulheres de 15 a 21 anos, alunas de escolas públicas e privadas no site. As duas vencedoras terão seus jogos produzidos e lançados na Google Play em 2020. Além delas, 500 selecionadas ganharão 16 cursos de programação. “Queremos que os jogos sejam produzidos por quem joga”, diz Susana.

Segundo a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), apenas 15% dos alunos matriculado nos cursos de computação no Brasil são mulheres.

Para as mídias

América Latina

As inscrições estão abertas para o Desafio de Inovação da Google News Initiative (GNI). Podem participar empresas jornalísticas de 18 países da América Latina, entre eles o Brasil. Cada projeto aprovado pode ganhar até R$ 1 milhão. As inscrições vão até 23 de julho no site.

Piloto

A Incubadora Jornalística de Nativos Digitais, projeto piloto do Google, vai começar a funcionar ainda em 2019 e oferecerá espaço, recursos e mentorias para erguer empresas de jornalismo digital do zero.

*A repórter viajou a convite do Google

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