O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, José Henrique Germann, disse que as atividades da FURP, a Fundação para o Remédio Popular, podem ser interrompidas caso os medicamentos produzidos pela estatal continuem sendo encontrados mais baratos no mercado.

A informação foi dada durante oitiva na CPI da Furp na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Questionado se o laboratório pode ser privatizado, o secretário disse que essa é uma possibilidade a ser estudada.

A FURP tem duas fábricas de medicamentos, uma em Guarulhos, na região metropolitana da capital e outra em Américo Brasiliense, no interior do Estado.

A CPI constatou ociosidade nas duas fábricas chegando a 75% na de Américo Brasiliense que é administrada por uma PPP, parceria público privada.

Foi justamente a PPP que praticamente triplicou os custos dos medicamentos fornecidos pela estatal para o governo do estado.

Pelo contrato, o estado é obrigado a repassar R$90 milhões por ano à CPM, a Concessionária Paulista de Medicamentos, Organização Social criada pelo laboratório farmacêutico EMS para gerir a fábrica de Américo Brasiliense no formato de PPP.

Em troca, o estado recebe uma cesta de remédios. O problema é que esses mesmos remédios poderiam ser comprados em laboratórios privados por cerca de um terço desse valor, R$34 milhões, segundo as contas da própria FURP.

A proposta de fechar o laboratório não agradou a deputada de oposição Beth Sahão, do PT.

O presidente da CPI, deputado Edmir Chedid do Democratas, sugeriu a transferência da estrutura para o Instituto Butantã.

A FURP é o maior laboratório farmacêutico público do país, com orçamento de R$323 milhões por ano.

A CPI apura desvios de recursos nas obras de construção da fábrica de Américo Brasiliense.

Fonte: Rádio Nacional

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