Empresa investiu 150 milhões em pesquisa no país nos últimos três anos
por Gabriel Alves e Phillippe Watanabe
FOLHA DE SÃO PAULO
Nesta quarta (23), o governador de São Paulo João Doria (PSDB) se encontrou com o presidente do Instituto Novartis de Pesquisa Biomédica (Nibr, na sigla em inglês), James Bradner, para discutir uma eventual parceria da empresa com a USP e com o Instituto Butantan, na área de pesquisa. O encontro aconteceu no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
"Nos últimos três anos a Novartis do Brasil teve um investimento de US$ 150 milhões (R$ 565 milhões) em programas de pesquisa. Agora o objetivo é que o Governo de São Paulo, ao lado da Novartis, possa realizar um programa para os próximos 10 anos", afirmou o Doria.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="4150813131">Segundo a assessoria de imprensa do governador, Doria e Bradner irão se encontrar novamente no Brasil para conversar sobre a ideia.
Governador de São Paulo, João Doria, em vídeo produzido durante o Fórum Econômico Mundial , onde busca investidores para o Estado - Reprodução
Não foi explicitado qual seria o escopo desse programa. Algumas das áreas de atuação da Novartis envolvem terapia celular, terapia gênica e os chamados imunobiológicos, área em que o Butantan também têm expertise.
Recentemente a empresa suíça lançou uma terapia celular para o tratamento de leucemia e uma terapia gênica para tratar uma doença que leva à cegueira.
Hoje a Novartis atua nas áreas de oftalmologia, neurologia, sistema respiratório, imunologia (que engloba dermatologia e reumatologia, por exemplo), cardiovascular e oncologia. Em parceria com governos também há produção de drogas a preço custo para tratamento de hanseníase, no Brasil, e malária, na África.
O Butantan já firmou parcerias com outras farmacêuticas. Entre os principais acordos, o da MSD (Merck, nos EUA) foca o desenvolvimento da vacina da dengue e pode render mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 376 milhões) ao instituto, além de royalties.
Também há uma parceria com a Libbs, no valor de R$ 40 milhões, para a construção de uma fábrica de medicamentos monoclonais —para tratamento de câncer e doenças autoimunes. Segundo o Butantan, a fábrica produzirá e fornecerá ao SUS seis drogas: trastuzumabe, rituximabe, bevacizumabe, etanercepte, adalimumabe e palivizumabe.
O objetivo declarado de Doria em Davos é atrair investimentos estrangeiros para São Paulo. Uma das metas é formar parcerias com o setor privado para que o Butantan se torne o maior produtor mundial de vacinas. A Novartis recentemente vendeu sua área de vacinas para GSK, com a qual o Butantan também tem uma parceria.
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