Grupo DPSP planeja mais de 500 novas lojas em três anos
O plano ambicioso é parte do objetivo de reverter o período em que cresceu abaixo da média do mercado. Em 2020, por exemplo, o avanço no faturamento foi de 1,6% contra 8,8% das grandes redes associadas à Abrafarma. O desempenho do ano passado, porém, já foi considerado mais exitoso. A receita subiu de R$ 12 bilhões para R$ 13 bilhões. É a segunda maior rede de farmácias do país, mas que enxerga as Farmácias Pague Menos cada vez mais perto do retrovisor, após a rede cearense concretizar a compra da Extrafarma.
“Os resultados de 2022 foram muito bons, o que nos deu credibilidade para acelerar bastante”, declarou o CEO Jonas Laurindvicius, em entrevista ao portal Brazil Journal. Hoje com 1.440 lojas em nove estados e no Distrito Federal, a companhia pretende inaugurar 130 PDVs e realocar outras 30.
O ritmo promete ser bem mais intenso em comparação aos últimos cinco anos, cuja média anual de novas unidades não passava de 60 – bem inferior às 200 lojas da RD – RaiaDrogasil. A meta é abrir outros 180 PDVs em 2024 e quase 200 no ano seguinte.
Neste ano, o Grupo DPSP prevê R$ 450 milhões em despesas com bens de capital, sendo que 70% desse montante será revertido para expansão territorial. E o foco serão cidades no interior dos grandes centros e em estados onde ainda não atua, a exemplo do Mato Grosso – onde fincou bandeira no ano passado com a abertura de cinco lojas em Cuiabá. “Estamos abrindo o leque e buscando outras oportunidades para levar mais conveniência para as regiões, já que ter lojas ajuda também na omnicanalidade”, afirma.
A estratégia contribuiria para reduzir a concentração dos PDVs do grupo nas grandes metrópoles e em regiões com alto fluxo de clientes, como a Avenida Paulista. “Somos muito regionalizados e concentrados em centros urbanos, o que fez com que nossas lojas fossem mais afetadas pelos lockdowns e pela mudança para o home office. No pior momento, nossa loja da Paulista, por exemplo, chegou a faturar 75% menos que no pré-pandemia,” ressaltou.
Já quando o assunto é IPO, a ideia segue fora do radar da companhia. “Um IPO ou aporte de private equity não é nem uma discussão no conselho, porque não precisamos de capital. A empresa gera muito lucro e consegue se autofinanciar”, finaliza.
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